Feliz Navidad!
Márcia Alcântara
Verão de 2009
...Hoje não podemos mais expressar nossos sentires... Tudo é entendido de forma errónea, como se quiséssemos prejudicar uns aos outros. Parece que tudo o que sentimos é falso, mesmo o mais nobres de todos os sentimentos....
Não podemos mais manifestar amor, pois este é entendido de forma contraria, o que acaba despertando o sono do ódio!
Infelizmente não podemos mais dizer o que sentimos e como sentimos, dizer a verdade agora é como ser irônico. Precisamos ficar mudos, cegos e surdos se quisermos companhia....
Dar risadas, nem pensar... Somos agora robôs, falamos tudo eletronicamente, deixando de lado o coração que bate forte em nosso peito.
Nada entendido, coisas e afins jogados fora, como peças velhas de computador que para nada mais servem.
Agora não somos mais nada neste mundo tão grande e tão pequeno a rodar!
Tontos ficamos, nada entendemos, não entendemos e nem somos entendidos....
A moda agora é nunca dizer a verdade, afinal ela não é mais entendida como um sentimento puro e de honestidade, o sentimento verdadeiro virou algo ofensivo.
Se quisermos viver em sociedade, tendo amigos e companheiros de dia-a-dia não podemos mais ser o que somos, não podemos ser verdadeiros, temos que ser mudos e cegos, hoje temos que apenas escutar...
...precisamos encarar tudo como uma fábula, conto de fadas, que já foi escrito e ponto final! Onde tudo tem um final sempre feliz, mas é qui na realidade que vivemos e aqui nesta realidade não há o tão sonhado Fim! Feliz!
Marcinha Luna
Inverno Gélido de 2009
F iz um pacto!
I lusão foi o resultado!
L ogo me encontrei aqui, na vida de agora!
O uvindo um sussurro de mim mesmo, filosofando...
S ó e de nada, nada sabendo, nada entendendo, nem compreendendo.
O utrora, perdido, fatigado, triste, jogado, lançado, me peguei de certa maneira
F ilosofando, pensando, fantasiando, devaneando, idealizando, imaginando. Sobre o que?
I magine, pense, fantasie, devaneie, idealize, imagine, invente, arquitete, filosofe, por que...
A canhado vou ficar ao dizer que com palavras não posso contar, incomensurável foi o meu sentir, impossível de falar, inefável tentar descrever sobre o que ando devaneando!
Marcinha Luna
inverno de 2009
E agora, o que faço eu?
Amo-te, mas tu não me entendes.
Quero amar-te, mas minha linguagem,
Você não entende.
Estou só. Eu e minha linguagem
Única, poética, romântica!
E agora, o que faço eu?
Sozinha, a falar com o vento, com a chuva.
Sei me comunicar, mas não sei jogar.
Jogar o seu jogo esta complicado.
Assim como você também não
Sabes jogar o meu jogo!
Maldita Linguagem!
Eu e você sempre tão juntos
Mas ao mesmo tempo, distantes!
Estamos jogando jogos diferentes
Gostaria que você jogasse o meu jogo.
Mas eu não estou disposta a saber as
Regras do seu jogo!
E agora, o que faço eu?
Decidi que vou jogar só,
Vou jogar o meu jogo.
Vou só.
Sei que meus sentimentos a mim entendem!
Eu vejo as cores e sei que brilham.
Você enxerga tudo em preto e branco.
És cego! Não entende nem mesmo o jogo que jogas!
E agora, o que faço eu?
Vou ouvir minha musica,
Voar pelo ar que a mim pertence.
Não quero rivais para jogar.
Quero ficar aqui, só.
Poética e romântica.
Vivendo na fantasia
A minha forma de vida!
É agora, eu decidi, assim faço eu!
Marcinha Luna
Tarde chuvosa de outono 2009
Ainda não compreendi muitas coisas.
E pretendo sim compreendê-las
Sei que o meu ser deve ser aberto
Mas ao ouvir uma musica
Meu ser aberto foi ainda perfurado
E ainda não conseguiu ser recuperado.
Continua dilacerado, sem entender o porquê das coisas.
Quando pequeno fui instruído
A acreditar em algo que não via
E hoje depois de crescido
Meu ser não conseguiu ainda ver
E o pior é que agora, também depois de crescido
Não esta mais conseguindo
Nem mesmo crer.
E agora? Como devo agir?
Chorar, esbravejar pedir para Te ver?
Continuar a crer em Você?
Não, eu não posso compartilhar a dor alheia,
Acreditando que Você possa existir.
E não esta sendo fácil para mim
Conversar agora com Você,
Sem ao menos acreditar que o som
De meu pensamento estas ouvindo,
Sem ao menos saber se Você vê
Que agora me encontro
Com lagrimas nos olhos.
Chorando neste momento uma dor que não é minha.
Chorando neste momento também a minha dor!
Marcinha Luna
Outono de 2009
Chuva no Norte e Nordeste
Ontem a noite olhei para o Céu. Vi o quanto ele é indeterminado. Há tempos atrás olhei para a mesma Lua, que como ontem quase cheia, crescendo determinada, era de um tom alaranjado, reflexo do sol claro, mas ontem estava azul, será o reflexo do mar? Nada mais esta claro. Eu diria indeterminado! Ah! Sim, não cai no buraco não, mas estava a olhar o Céu.
Hoje o Sol nasceu completamente novo, entre as nuvens. Que o sol nascerá novamente amanhã esta claro e determinado. Que eu o verei, indeterminado! Que estará no Céu, determinado, mas visível indeterminado, e se uma nuvem o cobrir? Nem mesmo você o verá.
Sei de mim, estou aqui, determinado. Não sei o que quero aqui, indeterminado. Que sei o que sinto agora? Indeterminado! Amor, paixão, angustia talvez, mas indeterminado! Se quero dormir ou apreciar as letras, indeterminado. Minha obrigação esta determinada: apreciar as letras e não apenas dormir. Qual opção vou tomar, indeterminado. O caminho do bem, determinado. E tudo a minha volta sussurra indeterminado, descolado, ausente, insuficiente, quente, frio, úmido, seco, invisível, ilegível, infinito...
Não sou mais o mesmo de minutos passados.
Marcinha Luna
Inspiração em Lunes
Lua Cheia do outono de 2009