3 de out. de 2010

Infinito Particular

A existência... parece
Assim tão frágil!
Tão pequena e sensível...
Sempre variando... Complexa...
E eu...

Vou assim e assim não vou!

Minha vida, tão curta...
Muitos caminhos existem e
Poucos eu sigo!

Sou assim e assim não sou!

Tempo! Meu problema, inimigo,
Amigo, sem sentido!
Na treva eu vejo.
Deixo de ver no clarão!
Na claridade, fico cega!

Sou assim e assim, não, não sou!

Polida! Na dureza da vida!
Na raiva da existência...
Sou e deixo de ser.
Caio e me levanto!
Sou forte, madura, imatura!
Leve e segura!

Mas...

Não me siga... meu caminho
É longo... tão curto!
Não me conheças. Sou serena...
Me deixe... não sei onde ir.
Não me perca e não me encontre,
Sou complexa, assim como ela.
Quero ir, enquanto fico... apenas, sinto!
Sinto um infinito, meu infinito...
É particular...

Sou assim e também não sou!

Márcia Alcântara
Primavera de 2010, palavras com sentido único... particular.