14 de jul. de 2010

Eu fico sempre...

...imaginando o que as palavras dizem. E é nítido, ao menos para mim, que elas nem tentam externar o que sinto, eu tento, mas não consigo.

Fico imaginando o Tempo, se ele é um Deus, a mim não se revelou. Se for marcador, marca o que? Será que nos céus há Tempo? Aqui neste mundo chamado de Terra ele é apenas um ditador... Dita a hora das coisas que tenho que fazer, joga fora meu próprio querer. Além do mais, a contagem não é universal, muitos seres partem sem explicação alguma e o tempo não é mais padronizado neste sentido.

E partimos? Para onde mesmo? Ninguém nunca me disse. Existem teorias infinitas para isso, acredito em muitas e desconfio de todas. Não consigo ter uma individual, pelo menos ainda não me foi chegado o momento do entendimento para isso. Talvez nem ao menos de tempo! Preciso rir disso.

E o riso? É sinal de felicidade? Deduzo que não. Rimos e somos irônicos uns com os outros. Ah! Os outros, estes são muito, muito estranhos. Fico imaginando o que os outros pensam. E ao mesmo tempo penso que não seria uma boa idéia.

O que é bom ou ruim? Quem foi que fez esta separação? Há coisas boas a uns que não são boas e nem ideais para muitos.

Eu sinto é que to ficando farta de tanto pensar, de tanto imaginar. Admiro-me de mim, dos outros...das situações diversas do dia a dia. E como disse a algum tempo espanto-me de tudo e tudo me deixa incomodada...na verdade to sentindo um turbilhão de coisas, mas não, eu não consigo. Caleidoscópio de mim...

Talvez isso faça parte da vida, mas o que é mesmo vida? É o contrário da morte?

Sei lá!

Márcia Alcântara

Inverno de 2010