21 de dez. de 2010

Encontro


A Lua brilhava
E as estrelas,
Em sua companhia
Estavam...

Iluminava todo o céu
A Terra admirava-se
Ao ver nitidamente
Um véu...

A Lua falava, mas a Terra
Não compreendia.
Era noite quase dia.

Que este véu era
Era na verdade
Sua própria magia...

Márcia Alcântara
Fim de primavera quando a Terra encontrou-se com a Lua plena.

29 de nov. de 2010

Esperamos um milagre...

Esperamos ansiosos por um acontecimento improvavél, um milagre é o que precisamos. Nada de religioso ou mistico, afinal o homem é sempre condicionado aos seus laços mundanos e esquecem dos conceitos que giram em torno de sua vida, e quando se lembram, concedem a eles outro significado, outra utilidade. Nas palavras de Hannah Arendt: "independente do que façam, são sempre seres condicionados". Foram encontrando seres e mais seres, que traziam consigo diferenças e mais diferenças. A arrogância então tomou conta de todos, onde sempre havia um que se apresentava superior aos outros. Isso é claro e nítido dentro das religiões, nas empresas, nos laços de amizade...
Muito antes tudo era vida, alegria e sentimento, poesia, e o homem com o passar do tempo deixou para trás tudo o que podia fazer-lhe crescer, fazer de si um ser apaixonado, num sentido de igualdade com todos os outros, e tendo para si um mundo igualitário, mas:

"os homens pela sua corrupta natureza, tiranizados pelo amor próprio,
pelo qual seguem senão principalmente a própria utilidade, querem o que é
útil para si e nada ao companheiro, não sendo capazes de pôr em contato as
paixões, a fim de endereçá-las à justiça. Portanto, estabelecemos: que o
homem no estado bestial ama somente a própria salvação [...] o homem em
todas essas circunstâncias, ama principalmente a própria utilidade." Giambatista Vico


De fato nós deveríamos pensar nesta utilidade toda, uma vez que possuindo ciência do andar mundano, continuamos em nossas couraças, amando apenas a nós mesmos e enxergando o próximo como objetos a serem colecionados. O egoismo tornou-se o nosso maior bem.
Emoções á parte, a vida deixa de ser o que é, esperamos o milagre do reconhecimento. O reconhecimento do próximo para com o próximo, da vida como poesia e do sentir, como sentimento...

Márcia Alcântara
Primavera de 2010

6 de nov. de 2010

E de tantas possibilidades...

Gostaria muito de poder dizer o que sinto agora. Mas não, não é possível. Diante de um mundo preconceituoso, cheio de regras, todas por serem cumpridas, pois mesmo que existam, existem apenas nos conceitos e nunca, nunca praticadas, não há mais espaços para dizer o sentir.

O mundo é assim, sentimentos por serem ditos, e regras por serem cumpridas. O outro tornou-se mero objeto. O gostar, o amar não é como dizem seus conceitos. Aliás, não entendo para que tantos conceitos uma vez que são ignorados.

A fala suave, romântica e poética não é permitida e se realizada, ignorada. Mas a grosseria e a falta de consideração são permitidas e realizadas em larga escala. O homem, com letra minúscula mesmo, pois este não merece a maioridade, comportasse como um ser que anda visando apenas a si mesmo, é capaz de matar e atropelar toda e qualquer coisa que esteja “atrapalhando” seu “subir” na vida. Subir na própria “vida”. Perdeu a noção de tudo o que lhe poderia dar prazer. Perdeu a noção do viver.

O que mais me espanta ainda diante dessas atrocidades, pois para mim esta maneira de vida é desumana, é que o sofrimento vem do lado contrário. Pois é no sujeito de virtude que tudo isso surte efeitos desastrosos. Mas também é o ser de virtude que alcança seus sonhos, é o ser de virtude que faz de sua vida iluminada e nunca mais um degrau a subir. É o ser de virtude que fica em evidência, sendo alvo apenas de olhares avermelhados de raiva por seus próprios ‘amigos’. É o ser de virtude que consegue expressar seus pensamentos, enquanto que os outros ficam apenas espelhados nas promessas, tentando cumprir estas visando suas vidas. O ser de virtude encontra-se sempre só, pois não enxerga o interesse, enquanto que o ser, que ainda não consegui dar a ele um nome, vive rodeado de amigos. Claro que o ser de virtude possui ego, este também o faz bem, mas o ego do ser que almeja sempre a si mesmo transborda ainda mais, fazendo o afogar em seus próprios sucessos e insucessos.

Afogados em suas próprias vidas sem criatividade, pois fazem degraus de seus próprios amigos, surtam e sentem-se tristes quando conseguem o que quer, afinal, outro desejo vem a tona quando um é realizado. Isso acontece também no ser que não faz de sua vida uma escada, mas para o outro, a vitória é sem sabor, pois quem deveria os aplaudir foram deixados para trás quando eram apenas degraus. E que provavelmente não estarão apostos para apoiar na descida, e por isso que quem sobe não desce, pois até para descer é necessário a escora.

Márcia Alcântara
Primavera de 2010

3 de out. de 2010

Infinito Particular

A existência... parece
Assim tão frágil!
Tão pequena e sensível...
Sempre variando... Complexa...
E eu...

Vou assim e assim não vou!

Minha vida, tão curta...
Muitos caminhos existem e
Poucos eu sigo!

Sou assim e assim não sou!

Tempo! Meu problema, inimigo,
Amigo, sem sentido!
Na treva eu vejo.
Deixo de ver no clarão!
Na claridade, fico cega!

Sou assim e assim, não, não sou!

Polida! Na dureza da vida!
Na raiva da existência...
Sou e deixo de ser.
Caio e me levanto!
Sou forte, madura, imatura!
Leve e segura!

Mas...

Não me siga... meu caminho
É longo... tão curto!
Não me conheças. Sou serena...
Me deixe... não sei onde ir.
Não me perca e não me encontre,
Sou complexa, assim como ela.
Quero ir, enquanto fico... apenas, sinto!
Sinto um infinito, meu infinito...
É particular...

Sou assim e também não sou!

Márcia Alcântara
Primavera de 2010, palavras com sentido único... particular.

1 de out. de 2010

Escrito solto

Acordei na euforia de observar o Sol e sentir o seu calor, mas ele não apareceu, o calor sim, mas o sol não. Assim na euforia de tudo ver e tudo ter, percebi que nada é assim. A euforia esta em mim e eu a criei, não adianta nada culpar fatores externos a mim por isso. Tudo é criação minha e do meu sentir. Até mesmo o sonho que tive esta madrugada...

Todas as palavras querem dizer aquilo que esta interno em mim. Se coloco para fora é por que estão atrapalhando o andamento de novos sentires, o trânsito lá dentro se torna um tanto quanto complicado.

É engraçado ou estranho as pessoas torcerem seu bicos quando o outro resolve falar ou escrever... pessoas estas que estão, por dentro, um tanto quanto recheada de conceitos (recheio esse meio indigesto) dos quais enfiaram nelas goela a baixo, e pela simples falta de amor próprio a si mesmo, se deixaram influenciar pelo que dizem que é. Não, não é! Não me poergunte o que é, descubra!

Mas não sou eu quem vá abrir vossos olhos, quem pode fazer isso é apenas vocês mesmos! Nem o tempo e nem Deus pode fazer esta cura! Risos...

Márcia Alcântara
Entendendo um pouco minha relação para com o mundo e sua totalidade em plena primavera de 2010 - nunca é tarde, o tempo está em mim e ele é apenas para mim.

14 de set. de 2010

Política...onde e cadê?

Aristóteles já dizia “o homem é um animal político”, claro e nítido que o homem é político sim e nos dias de hoje, pois é nele que me enquadro, sem dúvidas essa frase se faz atual.

O fato que me preocupa é se será que a tal política e o fato de ser político é um ato ou algo do bem. Hoje mais que nunca, é o que parece, que a dificuldade em dizer uma ou todas as coisas se banha de desonestidade e deslealdade. A falsidade e a luta por simples e puro poder, parece morar nas almas humanas e racionais. Conseguir tudo e todas as coisas para beneficio próprio é o que há de mais moderno na política atual.

Sinto muito se alguém discordar, verdade ou não, há ainda o direito de expressão. E a política segue os passos da ética, que para cada canto muda de conceito e suas formas...

Os conceitos das coisas não são mais universais, para cada hora ou situação há conceitos diferentes e que são cobrados de formas diferentes. Se antes política era lago em que todos participavam e tinha voz, se era algo onde com ela se conseguia a organização, hoje é necessário em caráter urgentíssimo rever os conceitos, pois ela causa a discórdia, brigas e desavenças, mentiras, mortes...

Até o momento e se o conceito não mudou, a bagunça formada pelo que antes era responsável pela organização esta instaurada. E o homem político de hoje se destaca pela sua incapacidade de ver o próximo, enxergando apenas seu próprio umbigo...

Márcia Alcântara
Inverno de 2010

8 de set. de 2010

Não necessita título, cabe ficar no mistério!

Fico imaginando, ás vezes, quando vejo o Sol e a Lua, sobre os mitos e as “coisas” do presente. Parecia que antes era tudo mais perigoso, mas repleto de emoção, de contentamento e felicidade. Antes parece que tudo era mais recíproco que hoje.

Sinto, quando leio os mitos e os manuais de magia antiga, que antes era tudo mais belo. Havia sintonia entre realidade e vontade... Sintonia entre o próximo e respeito mutuo entre tudo e todas as coisas. Antes havia mais alegria, os sentires eram mais aguçados, nada era colocado em xeque, mate, menos ainda.

A beleza do céu era admirada... as estrelas contadas uma a uma. Hoje não se pode mais contar as estrelas. É, não pode, pois na ponta do dedo pode nascer uma berruga. E nesse mundo, vivido agora, não se pode ser diferente. Todos devem ser iguais, cópias perfeitas umas das outras.
Contrariedade ou não, reciprocidade não existe, respeito ao próximo, menos ainda. Nada de sentires, hoje tudo isso é muito brega. O simples fato de olhar para céu pode te render apelidos, ficar conhecido como desatento, e quem sabe lhe renda algo do tipo “sem personalidade”, ou quem sabe ainda, esse ai “ não sabe o que quer”.

Vontade e sintonia não combinam mais. Os seres querem agora e não sabem esperar. Passam por cima do que lhe atrapalham, sejam vidas humanas ou vidas animais, ou ainda até mesmo a natureza que nem se defender sabe e responsável pelo sustento do mundo!

Os mitos e magia antiga foram copiados de forma bem singela, rsrs. Mito e magia agora viraram religião, claro que outros nomes. Agora tudo é muito perigoso e sem emoção. Procura-se a religião quando se esta descontente, sem alegria... Fico, ás vezes, imaginando tudo isso e não posso gritar aos sete ventos, pois a inquisição esta ai, disfarçada, não é mais cicuta, forca, calabouço ou fogueira, mas sim a ignorância e apatia dos que dizem estar com você e ao seu lado sempre. Quer morte, castigo ou punição maior?

Márcia Alcântara
Inverno de 2010

1 de set. de 2010

Estranheza

É um pouco estranho como segue o ato de filosofar. Não vejo novas filosofias, e não vejo a inauguração dela onde não possui filosofia. Também é bem nítido que mesmo onde parece ter filosofia, não tem.

Filosofar parece agora ser um ato insano, mas o ato de reproduzir ditos, e o famoso copia e cola, quantidade e não qualidade parece estar bem vistos pela sociedade filosófica. É claro que haverá muitas controvérsias quando este escrito chegar, seja hoje, seja amanhã, ou quem sabe ainda, nunca.

Afinal ditos filosóficos puros e virgens, não, não são bem vindos!
Márcia alcântara
Inverno seco de 2010

16 de ago. de 2010

Dúvida

Eu tenho dúvidas. Aliás, talvez sejam estas dúvidas que ainda me movem, que ainda fazem meu corpo sentir o gosto, por vezes amargo, da vida.

Fico imaginando os filósofos com suas escritas, umas complicadas, outras confusas, algumas ainda apaixonantes, outras deixadas de lado devido a simplicidade de suas palavras, fazendo de seus próprios seres amados ou simplesmente odiados por apenas escreverem.

Gostaria de tomar chá de camomila com esses seres e estar na presença deles, discutindo sobre a fumaça que sai com simplicidade de cada xícara. Saber quais seus reais sentimentos quando escreviam, ou se simplesmente nada sentiam. Será que esperavam seguidores para seus escritos ou se apenas era um desabafo de suas vidas e expectativas para um algo melhor.

Por que tantos estão escondidos e muitos apenas reconhecidos posteriormente ao fim da vida, ou ainda depois da morte. Quem sabe o que eles esperavam ou se será que ainda esperavam algo. Amor, crítica, ódio, compaixão, reconhecimento de Deus, reconhecimentos de seus próprios eus... desconhecimento sobre o comprovado, desconfiança dos alheios, julgamentos das críticas alheias... paixões indevidas, amores inexplicáveis, adoração eterna... Realmente tenho dúvidas.

Imagino, hoje e pelo momento de agora, que as suas escritas eram desabafos, assim como tento escapar de meu próprio eu através das palavras. Mas é uma pena. Sempre volto a me encontrar numa palavra ou outra.

Será que eles também não conseguiam escapar por completo de seus próprios seres? Será que como eu, tentando trilhar no caminho da escrita, a fim de ser alguém melhor ou simplesmente explodir em letras, sumir do mundo que por vezes se torna insuportavel, imaginavam que as palavras eram poucas para descrever a originalidade das coisas? Ou melhor ainda, que originalidade é essa que todos disputavam e muitos ainda disputam?

Sei lá dessas dúvidas que permeiam minha cabeça e ultrapassam meu corpo, materializando-se depois em textos por vezes sem sentindo! Mas e qual o sentido de todas as coisas ou pelo menos de algumas? Ainda possuo dúvidas sobre sentido...

Márcia Alcântara
Busca sem sentido numa noite de inverno de 2010

5 de ago. de 2010

Feliz

Por hora me sinto feliz!
Não busquei este sentir
Confesso ter sido infeliz
Agora busco sorrir!

Não sou a melhor das poetas
Tento fazer palavras rimar
Me sinto como uma borboleta
Livre e solta no ar!

Por hora me sinto feliz.
Livre arbítrio assumido
E agora sim aprendido.

Por hora estou livre
A vida é assim, me sinto
Como joaninha no jardim!

Márcia Alcântara
Inverno 2010

30 de jul. de 2010

Quando um projeto de poetisa emudece...

Muitas vezes acontece do poeta simplesmente emudecer... Assim comigo por vezes acontece. Se eu sou poeta, risos? Talvez um projeto de poetisa misturada com a crítica dos antigos pensadores... E agora me emudeci... motivo não há, já faz parte da minha rotina.
Mas, existem versos, que ainda possam dizer por mim, dizer em substantivos e adjetivos que não partem do meu eu... Não pude dizer, não tive como dizer, mas alguém disse por mim.

Triste destino!

Quando as vezes o mar soluça tristemente
A praia abre-lhe os braços e deixa-o gemer;
Embala-o com amor, de leve, docemente,
E canta-lhe cantigas pra adormecer!

Quando o outono leva a folha rendilhada,
O vestido real da branda primavera,
O rio abre-lhe os braços e leva amortalhada,
A pequenina folha, essa ideal quimera!

O sol agonizante e quase moribundo,
Estende os braços nus, alegre, para o mundo
Que o faz amortalhar em púrpura lenda!

O sol, a folha, o mar tudo é feliz! Mas eu
Busco a mortalha minha até no alto do céu!
E nem a cruz pra mim tem braços q m’estenda!

08/07/1916 – Florbela Espanca.

23 de jul. de 2010

Para Pensar...

O que anda acontecendo ultimamente? Digo com relação a tudo que há, se você considerar que haja algo. Se não considera que haja algo, o que é tudo isso então?

Será que estamos vendo mais TV do que antes, ou será que a TV esta a procura de mais e mais telespectadores?

Será que o Homem está passando por alguma transformação? E onde vai parar se estiver?

Onde se encontra a FORÇA SUPERIOR? Esta em cada um de nós?

Será que estamos sendo muita gente para pouco espaço e a época das “cavernas” está voltando? Ou será que é Jesus que está voltando para colocar seu “rebanho” nos eixos?

Cadê os limites que o governo deveria impor, afinal esta é a sua obrigação? Ou será que não mais? Ou melhor, nunca foi?

Será que só os famosos andam matando mais, ou sempre mataram?

Dinheiro não é mais a solução para tudo? Ou nunca foi?

Cadê os homens de bem? Será que simplesmente sumiram? Ou nunca os tivemos?
Cadê o respeito mutuo? Cadê a compreensão?
o que ainda nos dá estimulo?

Tudo para pensar. Cada um com suas mais variadas respostas, com suas crenças, com sua sabedoria...ou apenas vazios?

Será que não estamos agora, mais “antenados” que antes? Afinal agora se tem radio, TV, internet...não sei, o que você pensa? Aliás, ainda pensamos ou apenas computamos?
Somos pensadores ou apenas transistores? Se somos pensadores, cade nossas teorias? Se somos transistores, quem nos manipula?

Márcia Alcântara
Inverno de 2010, será mesmo inverno?

20 de jul. de 2010

Amigo...

“Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito”. Penso que dispensa maiores complementos. As palavras não ajudam a dizer nada sobre ti! Ah amigo, adorado, amável e companheiro...

Amigo! Comigo sempre!
Amizade! Fiel companheira.
Junto a ti sou feliz...
Aristóteles disse e eu comprovo,
Feliz daquele que amigo possui!

Não me deixe só!
Não somos ilhas...
Queremos momentos solitários,
Mas é ti que o pensamento traz
Quando o vazio se desfaz!

Ah! Amigo...

Como é difícil poetar a respeito de ti!
Cadê as palavras que quero dizer?
Amor, carinho, ternura...

Amizade, por interesse?
Por que não? Tu me completa!
Sem sua amizade nada sou!

Amizade e Prazer?
Por que não? E das mais
Variadas formas...
Contigo meu riso é de prazer
Por ter você comigo!

Mas o meu maior intuito:
Amizade e boa vontade!
Amor, carinho e reciprocidade!

Amigo! Tu és minha redoma!
És tu que me protege!
Sem tu, sou peixe fora d’agua...
Sou gato sem carinho...

Amizade! Frágil frágil...
Exercício de cuidado.
Mas sem tu nada sou!

Feliz dia do Amigo
Feliz dia da amizade,
Sincera!

Márcia Alcântara
Inverno de 2010

14 de jul. de 2010

Eu fico sempre...

...imaginando o que as palavras dizem. E é nítido, ao menos para mim, que elas nem tentam externar o que sinto, eu tento, mas não consigo.

Fico imaginando o Tempo, se ele é um Deus, a mim não se revelou. Se for marcador, marca o que? Será que nos céus há Tempo? Aqui neste mundo chamado de Terra ele é apenas um ditador... Dita a hora das coisas que tenho que fazer, joga fora meu próprio querer. Além do mais, a contagem não é universal, muitos seres partem sem explicação alguma e o tempo não é mais padronizado neste sentido.

E partimos? Para onde mesmo? Ninguém nunca me disse. Existem teorias infinitas para isso, acredito em muitas e desconfio de todas. Não consigo ter uma individual, pelo menos ainda não me foi chegado o momento do entendimento para isso. Talvez nem ao menos de tempo! Preciso rir disso.

E o riso? É sinal de felicidade? Deduzo que não. Rimos e somos irônicos uns com os outros. Ah! Os outros, estes são muito, muito estranhos. Fico imaginando o que os outros pensam. E ao mesmo tempo penso que não seria uma boa idéia.

O que é bom ou ruim? Quem foi que fez esta separação? Há coisas boas a uns que não são boas e nem ideais para muitos.

Eu sinto é que to ficando farta de tanto pensar, de tanto imaginar. Admiro-me de mim, dos outros...das situações diversas do dia a dia. E como disse a algum tempo espanto-me de tudo e tudo me deixa incomodada...na verdade to sentindo um turbilhão de coisas, mas não, eu não consigo. Caleidoscópio de mim...

Talvez isso faça parte da vida, mas o que é mesmo vida? É o contrário da morte?

Sei lá!

Márcia Alcântara

Inverno de 2010

7 de jul. de 2010

Filosofar, sentido há?

Qual é mesmo o sentido do filosofar?
Estou perdida em meios a conceitos.
Tempo para saber como filosofar não há!

O tempo se corrói e me corrói.
O que é certo e errado, está perdido...
Fica apenas a cobrança do que é
E do que deixa de ser...

Do que é cansei.
Do que não é, simplesmente,
Não sei.

Vou deixar de ser o que sou...
Daqueles que não sou, me fartei.
E agora, eu, de nada sei.
Tento supor...
Mas não esta sendo permitido
Nem isso...

Qual é mesmo o sentido de filosofar?

Márcia Alcântara
Inverno de 2010

15 de jun. de 2010

Nem para tudo que escrevo tenho um título.




Em um mundo em que há vida, há corpos e pensamento. Há angústias e discórdias para com o que o corpo faz da vida e avida do corpo. O pensamento muitas vezes aparenta estar deslocado do corpo, mas isso não é verdade! O pensamento por vezes se mostra tão atônito que parece ter um outro corpo. Mas não. O corpo é matéria em harmonia com o pensar. E é muito difícil que consigamos nos fazer claro. Teimamos em dizer o indizível!

É fato que por vezes há desentendimentos, e claro, desentendimentos se fazem necessários. Dentro desse percorrer de desentendimentos, pensamentos e corpos, não se pode esquecer do som do verbo. As palavras ditas e pelo corpo absorvidas surtem tamanho efeito que não se pode nem imaginar o tanto, isto é mais um fato que teimamos em dizer, quando tudo acontece no indizível. . Esse efeito se dá no corpo do mundo como um todo. Esse som traz consigo sentimentos com “n” possibilidades de ação.

Nessa vida, com o entendimento do corpo como morada do pensar, o pensar como morada do corpo, ambos prontos a desfrutar do som, e com isso é despertadas muitas ansiedades, muitas angústias.

Hoje e somente hoje, pois tudo está sujeito a mudança, a vida para os mais sensíveis, muda a todo o momento, o pensamento flui a cada segundo... Podemos afirmar que a angústia é o primeiro passo para o desejo... Desejo este que traz junto com sua angústia possibilidades e impossibilidades que o corpo pensante se mostra saudável a procurar.

Caminhando, seguimos em direção as nossas (in) possibilidades, angustiados pelo nosso caminhar em direções diversas, muitas vezes sem um caminho definido. E assim é que levamos a diante o que demos o nome de vida.

Em tudo dito há contradição, e a contradição parece ser a morada onde as coisas são definidas. Na contradição mora nossa desconfiança, e por isso partimos em direção ao que não sabemos e não passa pelo nosso entendimento, apenas seguimos na busca do que não temos, procuramos dentro de nós mesmos as nossas diferenças e indiferenças...

O senso comum diz que existem palavras negativas, mas isso não é verdade, dentro do negativo existem possibilidades, “n” possibilidades, inclusive a que pode tornar o negativo em algo positivo... De fato conceitos são importantes, mas o mais importante é a forma como se entende o conceito. Penso que para servir, o conceito deve ser desafiado.

Termino dizendo, mais uma vez o que não pode ser dito, é muito complicado, difícil e prazeroso o viver, o pensar, o ouvir, o falar... o Tatear torna-se impossível diante das possibilidades e o sabor de tudo isso é impossível, mas há sabor e lá no fundo sentimos que realmente há, e quando escrevemos e dizemos o que não se pode dizer ou escrever, escapamos de dentro de nós colocando para fora,para o corpo do mundo nossa angústia.

Agora esta angústia esta liberta, liberando quem sabe, conceitos á serem desafiados. O mais importante é que conseguimos dar vazão ao que está nos incomodando... assim vejo a utilidade das palavras nesse único momento que acabou de passar pela janela dos meus sentires...

Márcia Alcântara
Outono 2010

8 de jun. de 2010

Evento: Leituras do Contemporâneo

FOUCAULT e MERLEAU-PONTY: sobre o corpo e a educação

Compreender a formação da subjetividade moderna na perspectiva de Michel Foucault e Merleau-Ponty é nosso objetivo para esse encontro. Por meio de fragmentos do pensamento desses filósofos, pretende-se pensar o lugar do corpo e da educação na constituição do que somos e do que poderíamos ser. Baseados, principalmente, na discussão da obra

Vigiar e Punir de Michel Foucault e Fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty apresentaremos chaves de interpretação dessas duas temáticas e perspectivas para pensá-las no futuro.

DATA: O encontro acontecerá no dia 12 de junho das 09:30 às 13:30.
LOCAL: Livraria e Sebo Alpharrabio. Rua Eduardo Monteiro, 151 – Santo André – SP. Conheça: http://www.alpharrabio.com.br/.
VALOR: A taxa de inscrição é de 80,00. Este valor inclui material de apoio para estudo sobre os temas e certificado com carga horária de 6hs. As pré-inscrições devem ser feitas pelo e-mail cursolivrehumanidades@gmail.com indicando nome e telefone. O pagamento do curso se dará no dia 12/6 no local do evento.
BOLSAS: A livraria Alpharrabio oferecerá cinco bolsas integrais para o curso. Docentes da rede pública de ensino, que comprovarem o vínculo, terão 20% de desconto sobre o valor da inscrição. Estudantes de filosofia e pedagogia terão 50% sobre o valor da inscrição.


PALESTRANTES:

Suze de Oliveira Piza.

É Mestre em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2003). Atualmente é doutoranda em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e professora assistente da Universidade Metodista de São Paulo ministrando disciplinas em diversos cursos da universidade na área de Filosofia. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Moderna e Contemporânea, atuando principalmente nas seguintes correntes de pensamento: Kantismo, Fenomenologia, Marxismo, Filosofia Latino-americana. É pequisadora na Cátedra Celso Daniel de Gestão de Gestão de Cidades (UMESP), Nucleo de Estudos em Filosofia Latino-americana (UMESP/PUC/USP), Grupo de teoria do direito, do Estado e da Democracia (UNICAMP). É membro da Sociedade Kant - seção Campinas. Tem artigos e livros publicados na área de atuação.

Wesley Adriano Martins Dourado.

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Metodista de São Paulo (2000), graduação em Teologia pela Faculdade de Teologia da Igreja Metodista (1997) e mestrado em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo (2003). Atualmente é professor auxiliar da Universidade Metodista de São Paulo e professor titular de filosofia da Escola Municipal de Ensino Alcina Dantas Feijão. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, filosofia, fenomenologia e filosofia latino-americana. Tem trabalhos acadêmicos publicados em eventos nacionais e internacionais, revistas e capítulos de livros tratando, em particular, das relações da fenomenologia merleaupontyana com a educação bem como, da relação corpo-conhecimento. Atua, também, em cursos de graduação à distância, em particular no curso de Filosofia, Ciências Sociais, Letras e Pedagogia.

5 de jun. de 2010

Estado de Natureza, por Márcia Alcântara

Notas da autora: 1. Este estado de natureza que você vai ler ou não, logo a seguir, é fictício e não tem nada haver com realidade, personagens e talvez coisas sentidas ao longo da leitura ou não leitura, que você possa se identificar ou não, serão meras coincidências... 2.Este ainda é um rascunho, o texto ainda será aprimorado, pois este encontra-se muito precário. Escrevi para que não me fugisse a idéia de escrever um estado de natureza fictício.

Todos viviam em harmonia, cada um dividindo o mesmo lugar ao Sol, na chuva, ou ao Luar. Vivendo dos frutos colhidos da natureza, meio natural em que viviam. Os abrigos eram as copas das arvores. Dialogo? Não, não havia linguagem. Um olhar era o suficiente para a comunicação. Um gesto era capaz de muita coisa.

Mas tudo parecia pouco de mais, esse tudo não era mais suficiente. Isso eles imaginavam. Nem sabiam que eles tinham tudo que podia ser considerado bom. Entender-se através do olhar é algo mágico. Através de um simples gesto, entender o outro. Viver em completa harmonia dividindo com a natureza o espaço, era inefável, maravilhoso ao estremo. Olhar as dádivas da vida e da natureza como pureza, espetacular seria, eu diria. Olhar as estrelas, a lua numa noite limpa e pura, escutando ao fundo o barulho das outras criaturas...não souberam dar valor.

Parecia tudo pouco, tudo passou a ser banal. E então, um individuo, achou que poderia ter uma vida melhor, saiu a procura de outro lugar, e encontrou, afinal quando se procura, o intuito básico é o encontrar e foi o que aconteceu.

Tudo se desfez como encanto. Ao encontrar a sociedade, tudo se acabou, claro que não instantaneamente, com um pouco de demora, se é que se pode assim falar. O individuo encontrou uma sociedade, e para fazer parte dela era necessário um boa fala e comunicação.

Então foi se adaptando o pobre a sociedade atual, os outros indivíduos que viviam em estado de natureza, em estado mágico não o quiseram acompanhar e lá ficaram.

O indivíduo que saiu do estado mágico, agora falava... e deram a ele educação, o ensinaram até política...Agora ele se sentia feliz, mas ainda faltava algo, e procurou em toda parte por este algo. Começou a usar as arte-manhas que o ensinaram para encontrar o que nem ele mesmo sabia. E como tudo se aprende, lhe ensinaram que tudo na sociedade é valido, começou a ser um ser estranho. Estranho por não ser mais o que era antes. Um ser agora com personalidade e não mais natural. E busca por mais e mais coisas continuou...

Aprendeu como todas as outras coisas ensinadas a falsidade, a fazer crueldade, vestir-se num padrão que não era e nunca foi o seu. E passando por cima dos sentimentos alheios, afinal é assim que se vive numa sociedade que não o seu lugar natural, passou a ser algo tão natural essas coisas aprendidas e apreendidas, que esqueceu-se do seu verdadeiro lugar.
Claro que não existe só o mau. Mas para conseguir o que se quer quando não se pode, em sociedade é assim que se faz. Finge ser o que não é para ganhar mais e mais aliados.

Por enquanto ele é novo, digo o ser que saiu de estado mágico e natural. E a idade, e toda magoa que existe no outro, que foi enganado, um dia vai aflorar, afinal este lugar não é lugar natural de onde ele veio e abandonou. E quando ele perceber que ali não é mais o seu lugar, vai estar sozinho, por que nem mesmo os que eram seus companheiros, não mais se tornaram seus amigos, eles vão rejeitar sua compainha, porque ele aprendeu muito, aprendeu tanto que tornou-se especialista em mentir, e aprendeu que consegue enganar até mesmo seus próprios mestres, e assim ele chegará ao poder. Imaginou que sendo poderoso poderia assim ser ainda melhor. Isso era o algo que ele tanto queria, mas o fato é que ele ainda não esta feliz e mais e mais coisas ele quer, mas não sabe nem mesmo identifica-las...

E do outro lado, lá onde ele vivia antigamente o mundo continua doce, a luz da lua ainda é natural, a vida continua em natureza mágica....

Márcia Alcântara
Outono de 2010

2 de jun. de 2010

Pensamento...

Estive pensando.
E no meio do pensar
Mais um pensar interpolou o outro.

Fiquei imaginando a vida.
Bela e quem sabe não eterna.
Também quem imagina
Não revela.

Fiquei espantada com
A dúvida.
Se quem sabe, e quem descobre
Fica como eu, estúpida!

Admirada por sempre
Haver nova dúvida.

Fiquei então passeando,
Olhando as nuvens,
A imensidão das coisas que há,
Mas, cadê as coisas que não há?
Quem diz que não há?
Ué! será que para dizer
Não há!
Já não houve?

Só sorrindo!

Logo, mais uma dúvida aparece. Quando mais logo ainda perece, outra aparece.
A vida, que perece, é bela e me parece a dúvida é eterna!

Márcia Alcântara
Outono de 2010.

30 de mai. de 2010

Salve Joana D'arc! Salve!


Salve Joana D'arc que assim como nós sofre
com pré-conceitos... somos a todo momento, seja
qual for a religião ou credo, perseguidos
pelo analfabetismo daqueles que não se preocupam
á quem ofende ou como ofende...
Usam de seus poderes mediocres (aqui no caso a midia) para acusar
sem razão alguma a Filosofia alheia.
Que sejam iluminados todos aqueles que julgam o outro, pois é ausencia de luz e fé
que os fazem seguir caminhos destorcidos e sem amor!
Que assim Seja e assim sei que será!

Márcia Alcantara, outono de 2010, incoformada com o uso da midia para destorcer a filosofia alheia, inconformada pelo uso da midia por destorcer a religião alheia, inconformada com a falta de vergonha que temos nesse país, inconformada com a completa ignorancia para com os outros, inconformada com a cegueira que paira sobre todos os seres...




****Ò santa joana d'arc,
vós que, manifestada por
vozes de anjos,
espada em punho,
vos lançastes á luta,
por deus e pela pátria,
ajudai-me a perceber,
no meu intimo, as
inspirações de deus.
com o auxilio de vossa espada,
fazei recuar os
meus inimigos
que atentam contra a
minha fé e a minha pátria.
santa joana d'arc ajudai-me a
vencer as dificuldades no lar,
no emprego, no estudo e na vida diária.
que nem opressões,
nem ameaças, nem processos,
nem mesmo a fogueira me
obriguem a recuar,
quando estou com a
razão e a verdade.
santa joana d'arc,
iluminai-me, guiai-me,
fortalecei-me, defendei-me.
que assim seja ***

24 de mai. de 2010

Diante

É diante de um mar de nuvens
A correr o azul do céu
Que me vem tantas letras...

É diante das impossibilidades,
Do meu interior
Que me vem tantas letras...

É diante da realidade
Que fujo para o surreal
E como magia é
Que me vem tantas letras...

Não, não me pergunte,
Como me vem agora tantas letras...
Sei que lá fora a Lua sorri
E eu estou aqui a contar
Tantas letras!

Márcia Alcântara
Outono 2010

17 de mai. de 2010

Palavras soltas...

Nunca tente entender uma poesia,
apenas sinta!
Há fatos que não devem ser entendidos.
Mas sim, sentidos...
E para tudo há o momento certo,
ou não!

Márcia Alcântara
Outono 2010.

Meditando...

Precisava quietar-me.
Resolvi meditar!
Coloquei uma música suave,
Acendi um incenso, uma vela...
Almofadas coloridas pelo chão.
Um plano de fundo branco
No meu pensamento.

Tudo corria bem!

Mas os pensamentos
Resolveram se rebelar!
De branco foi a vermelho!
De vermelho ao verde, azul...

Descontrole de pensamentos
Num corpo ainda quieto!

Mesmo no descontrole
Ainda ouvia o tom suave
Da música que tocava
Deixando o ar lilás, leve.
Mesmo que o pensamento não
Aquietava-se eu me sentia.

Tudo corria bem,
Mesmo com o descontrole do
Pensamento.

Mas, quando menos esperava,
A chama da vela apagou-se.
O incenso já havia se esvaído!
A música já não mais tocava.
As almofadas, coloridas,
Eram agora preto e branco.
E eu me via, meditando
e já não mais me sentia...

Tudo corria bem,
Mas, agora, os pensamentos
Eram facilmente controlados...

Talvez agora eu estivesse
Começando uma nova vida...

Num corpo ainda quieto,
Com o controle total do pensar!

Márcia Alcântara
Manhã outonizada, 2010

12 de mai. de 2010

Poesia da poesia

A poesia é mesmo
Algo poético.
Porém, nem sempre.
Pois as palavras que a compõem
São por vezes esquecidas...

Suas rimas ao longo
Do tempo, e que tempo!
Foram deixadas no horizonte,
Horizonte esse bem
Longínquo!

Mas uma coisa é certa:
O esforço que se fez
Para um dia entender
A poesia que se leu,
Com prazer
Nunca nem jamais foi esquecida...

Mesmo por que não é
Entendível!
Ela é
Sensível!

A poesia é Fantasia!
Abstratamente sensível!!!
Pensamento se confunde
Quando com a poesia se choca!
E chocado, admirado...
Vivo!

Na objetividade de um dito
Sem sentido, atinge em
Cheio meu ser, subjetivo!

Na poesia da poesia
Meu ser paira,
Paira num ar colorido
Condenado ao descolorir
em uma vida poetica que
nunca será descolorida....

Márcia Alcântara
Manhã de ventania, outono 2010.

5 de mai. de 2010

XIV Semana de Filosofia





PROF. DR. MARCOS ANTÔNIO LORIERI
Filosofia e formação no ensino superior
10 DE MAIO - das 19h30 às 23h

PROF. DR. ANTONIO JOAQUIM SEVERINO
A filosofia na Universidade: tornando humana a formação profissional
11 DE MAIO - das 19h30 às 23h

PROF. DR. SAMUEL MENDONÇA
Perspectivismo, conhecimento e o homem
12 DE MAIO - das 19h30 às 23h

PROF. MS. LUÍS FERNANDO WEFFORT
O Espírito e a Letra: uma breve reflexão sobre nossa formação universitária
13 DE MAIO - das 19h30 às 23h

PROF. DR. ELYDIO DOS SANTOS NETO
A Antropologia Filosófica e os problemas da contemporaneidade: desafios para a universidade
14 DE MAIO - das 19h30 às 23h


As inscrições para a comunidade externa deverão ser realizadas por meio do site do Curso de Filosofia: www.metodista.br/filosofia .
Obs. Os alunos do Curso de Filosofia estão inscritos automaticamente.
Evento Gratuito a ser realizado na Universidade Metodista de São Paulo - 10 á 14 maio de 2010
Campus Rudge Ramos - Auditório Iota.
Informações: filosofia@metodista.br ou pelo tel: 11 - 4366-5891

4 de mai. de 2010

Pelas Emoções...


Estou sendo guiada!
E agora escrevo aqui
Afetada, emocionada...
Apaixonada!

Agora pouco imaginava eu
Que a razão deveria me controlar
Me guiar sempre!

Mas os fatos arrebatadores
Eu não consigo
Controlar!

É culpa, pura e completa da emoção!
Me faz perder a razão que procuro...
Faz com que escape da realidade
Com muita facilidade!

A paixão simplesmente
Se apossa de mim, da minha mente,
Do meu corpo!

Fatos arrebatadores...
Eu não consigo controlar!

E vivo sempre assim
Alternando entre a sanidade
E a loucura...

É como uma epidemia interna
Em frações de tempo
A emoção me domina!
É como cura que a razão
Aparece!

Mas vivo adoecida!
Doença crônica, que enfraquece-me...
Não tem vacina ou alivio...

A emoção me contamina, sempre!
A razão me cura, quase sempre!

Das emoções arrebatadoras...
Eu não consigo me controlar!


Márcia Alcântara

Manhã arrebatadora de outono 2010

27 de abr. de 2010

Silêncio...


É por ele que vivo a procurar.
Nunca imaginei que essa busca
Fosse tão complexa.
O nada me convida.
E as cores se aproximam.
Com elas as palavras,
Palavras não são necessárias!

Es-que-cí-ve-isss!
Característica principal
Das letras que se formam com o som!
Silêncio! É isso que procuro.
No quarto, na praia!
No ar, em qualquer lugar!

Nem mesmo imóvel
Consegui encontrar!
Silêncio! É por ti que vivo!
E assim, silencio...

Mas...passa o tempo
E o tempo passa...

Não encontro alegria nas cores!
Não encontro alegria no som!
Não encontro alegria no tatear!
Somente o silêncio pode
Me consolar!

Ah! Como silenciar?
Queria poder tocar-te!
Queria poder Amar-te!
Queria sentir seu sabor!
Ah! Como posso encontrar-te!

De tudo me esqueci!
Das palavras que ouvi
Dos sentires que senti,
Das promessas... Palavras!
Palavras são palavras
Completamente in-di-zí-ve-isss!
Facilmente esquecíveis!

Silêncio!
Oh Silêncio! É por ti
É só por ti, que vivo
Que vivo a procurar!

Márcia Alcântara
No Silêncio de uma manhã de Outono 2010

25 de abr. de 2010

Estado de Natureza

Um Pensamento externado e talvez Filosófico...

Para Um o Homem livre vivia em perfeita harmonia com o ambiente e todos que dele desfrutavam. Não havia disputa e tudo era de todos e nada era de ninguém. Enquanto que para o Outro, havia apenas disputas, desfrutavam do que julgavam ser de ninguém mas, que não houvesse outro no mesmo lugar, pois violento, assim como sua natureza, destruía qualquer coisa que ameaçasse o seu pedaço de fruta e a sua gota de água de coco. Eu julgo me encontrar em um estado de natureza onde é melhor não saber nada. Tudo o que aprendo e apreendo se torna um risco, inclusive a convivência com aqueles que dizem estar ao meu lado.

Para Um o governo aparece como forma de controlar tudo e todos, uma vez que se tornaram posseiros do que nem mesmo seu era. Para o Outro, o governo veio colocar a ordem antes que a matança fosse pior e acabasse de vez com as criaturas da terra. Para Um, harmonia era a vida de antes, mas a maldita posse sobre todas as coisas acabou com a vida harmônica e a simples sombra de uma árvore agora fica em um espaço que não é mais de todos, mas de apenas um. Para o Outro apenas a ordem sobre todas as coisas dos outros é que vale, claro que com permissão de Outro. O Governo veio e colocou harmonia onde antes tudo, mas tudo era violento. Para Mim, nada mais possui graça, se é que antes eu entendia como o mundo funcionava. O que vejo hoje é a disputa de todos contra todos mesmo que esses não possuam nada. E não possuem mesmo.

Fingimento, falsidade. Características fundamentais para o estado de natureza de hoje. Antes eu não sei, pois eu não vivia lá. Eu vivo o hoje e o agora e vejo, sinto, percebo, pego no ar a falta de vontade verdadeira de Um para com o Outro. Infelizmente vejo, sinto, percebo, pego no ar a criatividade do Outro contra o Um. Criatividade cruel que almeja apenas uma única coisa, ver a completa destruição do Um.

O Outro alega que esse Um pode lhe tirar todas as chances. Na verdade parece que esse Um é melhor que esse Outro. E a disputa interna está instaurada. Para mim, lutam á toa. Meu estado de natureza vai me proteger enquanto eu andar distraído e longe dessa crueldade inventada. Não disputo nada com ninguém. Eu posso tudo o que me é capaz de conseguir. O que não me for capaz, que fique para que o Um e o Outro lancem suas garras e comam, nem que seja Um ao Outro. Pois, dividir estes não sabem.

Estarei perto, tanto de Um quanto de Outro, mas analisando a mim mesmo. Sendo sempre Eunomundoparacomigomesmo. Mas nem por isso eu deixo de amar o Outro e o Um. Espero que estes se dêem conta antes de comer a única coisa que nos deixa vivo, o Um e o Outro.

Estado de natureza. Uma sentença tão Bela, visão romântica ou não, que quando analisada se torna áspera e infame. Mas revela nas suas poucas letras algo que o Homem traz - alguns escondidos outros mais nítidos - uma vontade cruel de ser o que não se é. E nunca conseguirá ser. E então a Roda da Fortuna gira. Embaixo, agora esta em cima. O corpo morre e vira adubo para o próximo vir a ser. E então um dia vai esquecer de ver a si mesmo, e no Um vai querer ser. Ciclo da vida.

Márcia Alcântara
Outono de 2010

14 de abr. de 2010

Um olhar a cerca do Automático

Texto filósofico...

Automático!

É assim que se vive em sociedade. Todas as pessoas estão vivendo como se estivessem ligadas no piloto automático da vida.
Esqueceram de como sentimentos são importantes. A disputa talvez tenha se instaurado, e os mais sensíveis, somente agora, dolorosamente se deram conta. Virou algo tão rotineiro! Que pena!

A vida deveria ser tão bonita, repleta de admiração, que infelizmente hoje é confundida com inveja, eu particularmente me espanto com isso. Um abraço, um beijo... nada mais tem sabor para alguns que perderam os sentidos, ou quem sabe nunca os tiveram!

Não perceberam que o corpo sofre muito com todas estas transformações. Filósofos contemporâneos alertam para esse fato: “o corpo é a única via de acesso ao conhecimento” (ONFRAY apud CHARLES, 2006, pág.169).

Tomar conhecimento da disputa não é fácil para ninguém que tem em mente um mundo feliz e usa o corpo e a si próprio para se projetar em busca de uma admiração por toda e qualquer coisa.

Parece-me que a filosofia não surge apenas de simples leituras, a vejo surgindo da admiração constante de um mundo que se mostra atual e automático. Somente os que possuem uma intuição aguçada conseguem compreender a vida e suas paixões. A paixão devora, deixa os intuitivos boquiabertos com as ações de seus iguais. Que vamos e venhamos não são tão iguais assim!

O fato é que por mais que tentemos saber sobre tudo e todas as coisas, menos entendemos, mas isso cabe apenas aos intuitivos, e tempo é um dos fatores menos cabíveis de entendimento, sabemos que ele tem um fim. Sim a morte talvez seria um fim e é automático esse entendimento.

É bom que nos demos conta o quanto antes de nossas faltas. Essa falta que me refiro é a falta de sentir os sentidos. Não usamos da forma correta o nosso corpo: “O mau uso do corpo é uma falta que contém sua sansão em si mesma: não se recupera o tempo perdido” (ONFRAY apud CHARLES, 2006, pág.169). Ignoramos completamente nossos sentidos, se não reconhecemos a nós mesmos, quem dirá ao próximo. E a disputa está instaurada, é automático, uma pena, pois: “toda nossa existência é construída sobre a areia” (ONFRAY apud CHARLES, 2006, pág.169).

Pense nisso!

Márcia Alcântara
Outono de 2010


31 de mar. de 2010

Vida, minha escolta...

Se é assim que a vida me mantém
Assim vou eu!
Eu na frente e ela, a vida
A me empurrar vindo logo atrás.

Eu não escolhi essa situação
Mas nada do que vivo, nem
Mesmo nascer, me foi oportuno
Escolher!


Se é assim que a vida me mantém
Assim vou eu!
Correndo para dar tempo.
Tempo de que? O que é o tempo?

Mesmo sem saber, não me foi oportuno
Aprender sobre o tempo.
Aliás, ele, sem corpo próprio
É que me apreende.

Se é assim que a vida me mantém
Assim vou eu!
Eu na frente e ela a me empurrar
Vindo logo atrás.

Eu não queria essa companhia
Todo o tempo e o tempo todo.
Ela não me deixa adormecer
E fica o tempo todo a me escoltar.

Mesmo sabendo que fazemos
Escolhas,
Não me foi oportuno
Escolher a escolta!

Hoje a vida que vem logo
Atrás a me empurrar é uma
Capanga que parece me odiar.

Mas se é assim que a vida me mantém
Assim vou eu!
Eu na frente e ela logo atrás
Para me empurrar!

Márcia Alcântara
Outono 2010

30 de mar. de 2010

Jogado!

Para Mim mesmo...

Hoje me encontro perdida.
Como o cachorro que corre atrás
Próprio rabo!
Estou eu a procura de mim mesmo.

Me perdi. Estou jogado.

Jogado num mundo desconhecido.
Jogado numa cultura que não é a minha.
Incógnita! Assim sou eu
Quando me olho no espelho
Quando me vejo na menina de seus olhos.

Quem sou eu?
Não tenho mais onde encontrar respostas.
Será que esta há? Estou desreferenciado.
Sei lá!

Jogado. Assim me sinto, assim me encontro!
Na minha vida, na sua vida.
Jogado. Assim estou.
No meu corpo, no seu corpo.

Jogado no mundo.
No seu mundo que é o meu mundo!
Quem somos nós?! Sei lá.
Jogado é assim que estou.

Márcia Alcântara
Outono 2010

Paz, Luz e Harmonia!

Adotei esse lema a mais ou menos sete ou oito décadas. Faz parte de um mantra/música de Tomaz Lima, o Homem de Bem. Coincidentemente também foi a época em que me iniciei na magia.

Achei nestas palavras algo que me fizesse ser um pouco mais feliz. Se talvez eu sentisse todas estas coisas, seria eu melhor.

Mas enfim, nem sempre é assim. Que elas, as palavras tragam paz, luz e harmonia á mim e quem á quiser.

Estou relatando isso por que me foi perguntado o "porque" dessas palvras. E como muitos vivem de "porqueres" ai segue a resposta. É engraçado por que muitos que estão a procura desses "porqueres" muitas vezes não o encontram. rs, será eu um destes seres? engraçado isso.

Márcia Alcântara

Outono cinzento de 2010

25 de mar. de 2010

Filosofando: Referência?!

Estive pensando sobre essa palavra, a tal Referência, e não cheguei a conclusão alguma.

Não precisamos de referência para nada. Somos o que somos e fazemos o que queremos e pronto e acabou. Somos responsáveis por nós mesmos e nossas atitudes. Errada ou não, pagamos nós mesmos por nossos feitos.

Hoje vejo que o mundo anda em crise geral, a crise que me refiro aqui é crise de idéias e de saber o que se é ou o que se quer. A cultura é vista por todos como algo do passado e quase ninguém mais consegue ver a arte como algo Belo, sem interesse. Todo mundo quer encontrar algo e que esse algo sirva de alguma coisa.

Ninguém quer saber mais sobre história e pretende ter sempre tudo pronto, sem se dar conta do por que ou de onde vem, se é que vem!
Assim não precisamos de referência para nada e nem em lugar algum. Somos e pronto. Tudo é e se não é dane-se. Será que é bem assim?

Referência! Talvez precisamos tê-la para enxergar o outro. Nem que como alguns defendam que por interesse próprios sobre todas as coisas, digo todas no sentido muito amplo da palavra (amizade, amor, vida) interesse, tudo, tudo esconde interesse.

Se estamos sempre interessados em algo será que não usamos nossos próximos como referência, num sentido figurado, porém muito real, passar por cima do que nos referenciou?
Enfim somos o que somos por que somos, mas queremos sempre algo a mais num sentido de competição, disputa e para isso se faz necessário uma referência: o Outro. E para nosso viver a história antiga não vale nada? De onde viemos e para onde vamos? São perguntas que parece não incomodar a muitos. Será que estes vivem privados de referência?
Será que queremos ser sempre os melhores para nós mesmos ou para nossa referência?

Termino sem conclusão!
Márcia Alcântara
outono de 2010

22 de mar. de 2010

O Suicídio de Violeta

Pouco antes eu havia conversado com ela. Parecia estar tudo bem e em perfeita ordem. Não havia reclamado de nada.
Violeta era um ser vivo normal, apenas era um tanto pequena com relação as outras de sua espécie, mas mesmo assim era bonita, rosada e cheia de vida. Inteligente e conversadeira... a mais velha de suas seis irmãs.
Gostava de tomar sol todas as manhãs, e pela tarde adorava contemplar o por do sol. Não é necessário dizer o quanto Violeta era apaixonada pelo luar, da janela do seu quarto era possível vê-la nascer quando sua fase crescente começa a despontar. Violeta tinha medo apenas de tempestades, do mais adorava tudo o que natureza lhe oferecia. E era tão cheia de vida...
Não sei ao certo o porquê resolveu fazer isso.
Era sábado, o dia estava quente e Violeta fez tudo o que sempre fazia todos os dias.
Aqueceu-se ao sol, contemplou o entardecer. A noite chegou e a Lua despontava maravilhosamente com seu sorriso prateado.
Mas de repente o tempo virou. Trovejou e relampeou. O céu ficou desordenado, misturado com o brilho prateado do sorriso lunar e assustador de tanto relampear. As nuvens dançavam no céu. Brancas, negras e acinzentadas. O ar era lilás.
Começou a chover, o vento assobiava estridentemente. A água que caia começou a ficar cada vez mais forte e não mais caia em uma direção apenas. O vento levava para todos os lados os pingos da chuva.
Foi quando olhei para a janela, onde Violeta sempre estava e para meu apavoramento Violeta não estava lá. Fiquei com medo de olhar para baixo, mas eu não tinha opção.
E lá estava violeta. Seu vaso quebrado, a terra espalhada pelo quintal que tanto admirava. Violeta perdeu-se em meio a terra. Nada pude fazer. Não sei o porque resolveu pular, conversamos poucos momento antes e parecia estar tudo bem.
Me consolo por saber que assim é a vida. Um dia estamos aqui e de repente não mais.
Violeta se foi. Mas ela era feliz, eu sei que era.

Márcia Alcântara
Véspera da entrada do Sol em Marte 2010

17 de mar. de 2010

Uma Poesia...


Uma oração, considerada a mais antiga expressão de poesia vernácula européia. Sem vínculo religioso, mas com um fundo de Filosofia, segue a oração de São Patrício,protetor da Irlanda, que no dia de hoje, 17/03, é comemorado o seu dia. E para mim um dia de muita importância.
Oração á São Patrício

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Por uma grande força, pela invocação da Trindade,
Pela fé na Tríade,
Pela afirmação da unidade
Do Criador da Criação.

Levanto-me neste dia que amanhece,
Pela força do nascimento de Cristo em Seu batismo,
Pela força da crucificação e do sepultamento,
Pela força da ressurreição e ascensão,
Pela força da descida para o Julgamento Final.
Levanto-me, neste dia que amanhece,
Pela força do amor dos Querubins,
Em obediência aos Anjos,
A serviço dos Arcanjos,
Pela esperança da ressurreição e da recompensa,
Pelas orações dos Patriarcas,
Pelas previsões dos Profetas,
Pela pregação dos Apóstolos
Pela fé dos Confessores,
Pela inocência das Virgens santas,
Pelos atos dos Bem-aventurados.

Levanto-me neste dia que amanhece,
Pela força do céu:
Luz do sol,
Clarão da lua,
Esplendor do fogo,
Pressa do relâmpago,
Presteza do vento,
Profundeza dos mares,
Firmeza da terra,
Solidez da rocha.

Levanto-me neste dia que amanhece,
Pela força de Deus a me empurrar,
Pela força de Deus a me amparar,
Pela sabedoria de Deus a me guiar,
Pelo olhar de Deus a vigiar meu caminho,
Pelo ouvido de Deus a me escutar,
Pela palavra de Deus em mim falar,
Pela mão de Deus a me guardar,
Pelo caminho de Deus à minha frente,
Pelo escudo de Deus que me protege,
Pela hóstia de Deus que me salva,
Das armadilhas do demônio,
Das tentações do vício,
De todos que me desejam mal,
Longe e perto de mim,
Agindo só ou em grupo.
Conclamo, hoje, tais forças a me protegerem contra o mal,
Contra qualquer força cruel que ameace meu corpo e minha alma,
Contra a encantação de falsos profetas,
Contra as leis negras do paganismo,
Contra as leis falsas dos hereges,
Contra a arte da idolatria,
Contra feitiços de bruxas e magos,
Contra saberes que corrompem o corpo e a alma.
Cristo guarde-me hoje,
Contra veneno, contra fogo,
Contra afogamento, contra ferimento,
Para que eu possa receber e desfrutar a recompensa.
Cristo comigo, Cristo à minha frente, Cristo atrás de mim,
Cristo em mim, Cristo embaixo de mim, Cristo acima de mim,
Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda,
Cristo ao me deitar,
Cristo ao me sentar,
Cristo ao me levantar,
Cristo no coração de todos os que pensarem em mim,
Cristo na boca de todos que falarem em mim,
Cristo em todos os olhos que me virem,
Cristo em todos os ouvidos que me ouvirem.

Levanto-me, neste dia que amanhece,
Por uma grande força, pela invocação da Trindade,
Pela fé na Tríade,
Pela afirmação da Unidade,
Pelo Criador da Criação.

4 de mar. de 2010

O que é Filosofia?

Em uma manhã fria, próximo do fim do verão, perdida em meio a minha pesquisa precisei reponder a uma questão um tanto delicada: O que é a Filosofia?
Claro que não sei reponder. Não há como responder. Não se tem o por que encontar a resposta correta. Não, Não tem.
Como posso amar algo que nem sei o que é?
E agora perdida em meio as minhas pesquisas em uma manhã fria próxima do fim do verão, continuarei em minha busca, busca por uma resposta não possivel de ser encontrada.

Márcia Alcântara
Fim do verão de 2009

23 de fev. de 2010

Final...?!...

Hoje parei para tentar compreender o que significa Final.
Não sei se há final.
Final um termino.
Final...morte.

Quem me disse que a morte ainda é um final.
Mesmo depois da morte há o que dizer.
De quem morreu os vivos falam.
E no limbo, a caminho do paraíso
É o que dizem que fazem...
Final? O paraíso? Não não...
Cadê então final?

Final...
Um texto no fim.
Uma novela de final feliz.
Final? Um novo texto sobre o que
Se acreditou um dia ter acabado.
Uma ficção que deu lugar a uma nova.
Baseada numa que acabou?
Final? Realmente não posso esperar
Mais por ele!
Não posso acreditar nele!

Hoje parei para tentar compreender o que é final...
E sem entender ou compreender paro aqui,
Para fazer alguma outra coisa...
Que não exija de mim um final...
Esse é só um rascunho, nem a limpo passei...

Márcia Alcântara
ás vesperas do meio de mim, verão 2010

11 de fev. de 2010

Branco? Vazio, penso que não!

Faz tempo que aqui eu nada escrevo. Nada digo.
Isso não quer dizer que faz tempo que nada penso.
Talvez seja tudo ao contrário disso.
Talvez eu pense além da conta.


E quem sabe ainda, digo quem sabe, por que eu mesma não sei,
se não é por esse motivo, por pensar muito e além da conta
É que nada consigo escrever?!

Talvez deu Branco, se bem que branco é a soma
de todas as cores.
Um Vazio talvez? Penso que não.
Se já está vazio é porque antes estava cheio.

Márcia Alcantara
Verão de 2010, ás vesperas de começar o final...

5 de jan. de 2010

2010

É mais uma vez um ano novo, 2010.
Foi Natal. Agora Ano Novo... mas, depois será carnaval e blá blá blá....

E assim segue todo o ano, repleto de divisões, de datas... e caímos sempre, sempre na mesma... número novo, novo ano para a política, ano de copa do mundo de futebol, e bla blá blá...

Claro que há mudanças na vida de todos. Mas penso que não se precisa “tirar o mundo de lugar e fazer tanta bagunça” para que as coisas mudem. É um fluxo continuo... não é porque aconteceu o natal que preciso comer peru, ou melhor, chester é que ta na moda, risos, não é o ano novo que me diz se preciso comprar novas roupas de baixo e nem mesmo por todos estes motivos é que devo adquirir novas vestimentas, brancas de preferência, pedidos de paz? Você faz, mas age para que ela aconteça? Isso acontece durante todo o ano. Para alguns é claro, pois para outros isso não acontece em tempo nenhum, falo tanto das guloseimas, das novas vestimentas quanto dos pedidos de paz. Os que não possuem condições não compram roupas novas e nem comem as guloseimas fresquinhas, podem até comerem um resto que alguém oferece pensando estar fazendo uma boa ação. Os que estão na guerra, ou inventaram uma, não pensam em paz alguma. E o ano? É novo para todos!

De fato não sei o que esperar depois que passou o natal, depois que começou o novo ano. Vem ai o dia de reis e preciso ir fazer meu bolo. Bolo esse que faço todo ano nesta data e em outras também. Quem anda comigo sabe, bolo é bom, e esse eu faço sempre!

Bom Novo Ano!

Márcia Alcântara
Verão, Ano de Vênus 2010