Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
20 de out. de 2011
16 de out. de 2011
Letras ajuntadas
A cada dia que passa mudam-se as coisas, as figuras e as
texturas... Mas, novas palavras são torturas, afinal, neste, pequeno mundo,
mandam as escrituras... Escrita nas alturas, escritos de um tempo que ninguém
nunca viveu, nunca viu e nem sofreu, alegrou-se? Ainda menos.
Recuso-me a copiar, me recuso a reescrever
ditos e escritos que por mim não foram vistos os contextos dos quais estes
foram nascidos.
Nasci agora, vivo de hoje, ontem já passou e me esqueci de
escrever...
Márcia Alcântara
Primavera fria e chuvosa 2011
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