30 de abr. de 2009

Lugar

O Céu é somente por que eu sou!
Todas as coisas são em mim
Elas só são por que sou!
Redundante e contagiante!
Tu existes para mim e em mim.
E somente para mim tu és
Assim penso eu.
Iludo-me pois tu é o lugar
Onde as outras coisas também são.
E tu não és somente para mim.
Tu és espaço para todas as outras coisas.
Sinto que meu lugar em você é pequeno
Um espaço insignificante em sua rotina
Que considero maçante!
Não esqueças que eu sou o seu lugar.
Mesmo que você não tenha um lugar para mim.

Sinto me só. Vazia e repleta de lacunas!
Repleta de perguntas sem resposta alguma.
Perfurada, onde remendos não podem tampar.
E assim continuo, me curo.
E novamente de perfuro.
Mas sou como uma fenix
Vermelha cor da paixão.
O que me diz você sobre paixão?
O que me diz sobre desejo?
Precisa me responder.
Afinal tu és lugar onde as todas coisas são!

Marcinha Luna
Outono de 2009

26 de abr. de 2009

Desejo, possível alcançar?

O que é o desejo? O que é desejar?
Parei para sentir, Tentei refletir,
Não consegui encontrar.
Mas em um momento a pensar
Consegui sentir, visualizar.

A tudo eu desejo
Desejo a você,
A outrem também desejo!
Coisas materiais a meu bel-prazer.

Mas percebi
Desejar e conseguir
É deixar de desejar.

A tudo quero conseguir.
A tudo preciso desejar.
Quero tudo alcançar.

E quando tudo alcançar
Talvez eu deixe de existir.
Resolvi então desistir de ti!
E para sempre a ti vou desejar!
Vou viajar
Tentar te encontrar
Mas não quero te tocar
Quero somente a ti desejar!

Marcinha Luna
Outono de 2009

22 de abr. de 2009

Mãe Terra


Minha Mãe Terra...
De ti eu vim e a ti eu voltarei
Feliz e sempre a contemplar vossa beleza.

Coloco minha mão em vosso coração
Sinto-a chorar.
Meu coração fica triste,
Meus olhos se enchem de água,
Não sinto mais seu perfume
O vento gélido deixa pálido meu rosto.

Coloco minha mão em vosso coração
Sinto-a rir.
Meu coração se enche de alegria
Em meus olhos transborda a felicidade
Sinto seu perfume, enxergo suas cores.
O vento caloroso deixa rosado meu rosto.

Sinto as flores, as árvores, o orvalho, o vento..
Vejo-a de cores possuída
Assim quero senti-la, assim quero desejá-la.
Quero amá-la. Assim quero que me possua.

Minha Mãe Terra...
De ti eu vim e a ti eu voltarei
Feliz e sempre a contemplar vossa beleza.

Marcinha Luna
Outono de 2009
Dia da Universal da Terra

21 de abr. de 2009

Penso, existo, sei de mim?!

Eu penso e logo existo.
É a algum tempo atrás isso foi dito.
Foi filosofado.
Fizeram-lhe referências.
Nossa! Mui claro que ao pensar sei de mim.
Sim quem sabe por alguns momentos.
Mas o fato é: eu sei de mim?!
Eu até compreendo que penso.
Sim vejo um rio que sempre é o mesmo e muda.
Penso no rio.
Tudo é infinito. Mas e eu, penso que não sou.
Existo mas não sei se infinito sou.
Tenho mil e uma idéias, mirabolantes até.
Realiza-las? Nem todas, nem sempre.
Mas tenho idéias. Vivo num mundo de idéias.

Mas apareceu alguém que disse
Que pensar e existir são coisas legais.
Poxa muito bacana. Agora pense
Já que sabes de ti me responda:
De onde veio, para onde vais?
És eterno? Perpetuo? Infinito?
Não tu sabes de tu. isso também foi filosofado!
Tu não sabes de tu, nem de tua existência.
Tu sabes sim, das leis, do papel, dos objetos.
Tu tens manual daquilo que fazes, e mesmo assim
Ainda falhas.
Tu não sabes de nada!
Não entende o porquê tem Sol,
O porquê das fases da Lua.
Tu não sabes o porquê adoeces.
Tu não sabes por que morres.
Pense um pouco mais. Descubra um pouco mais.

Marcinha Luna
Outono de 2009

14 de abr. de 2009

Experiência

Experiência
Acontecendo agora e sempre
Junto e não separado.
Experiência
Comigo
Contigo
Contido no mundo.
Experiência
Agora
Sem antes
Nem depois
Experiência
É e não é
Mudando sempre
Experiência
Aqui
Lá.
Experiência em todo lugar
Pelo ar.

Marcinha Luna
outubro de 2009

7 de abr. de 2009

Tudo indeterminado

Ontem a noite olhei para o Céu. Vi o quanto ele é indeterminado. Há tempos atrás olhei para a mesma Lua, que como ontem quase cheia, crescendo determinada, era de um tom alaranjado, reflexo do sol claro, mas ontem estava azul, será o reflexo do mar? Nada mais esta claro. Eu diria indeterminado! Ah! Sim, não cai no buraco não, mas estava a olhar o Céu.

Hoje o Sol nasceu completamente novo, entre as nuvens. Que o sol nascerá novamente amanhã esta claro e determinado. Que eu o verei, indeterminado! Que estará no Céu, determinado, mas visível indeterminado, e se uma nuvem o cobrir? Nem mesmo você o verá.

Sei de mim, estou aqui, determinado. Não sei o que quero aqui, indeterminado. Que sei o que sinto agora? Indeterminado! Amor, paixão, angustia talvez, mas indeterminado! Se quero dormir ou apreciar as letras, indeterminado. Minha obrigação esta determinada: apreciar as letras e não apenas dormir. Qual opção vou tomar, indeterminado. O caminho do bem, determinado. E tudo a minha volta sussurra indeterminado, descolado, ausente, insuficiente, quente, frio, úmido, seco, invisível, ilegível, infinito...

Não sou mais o mesmo de minutos passados.

Marcinha Luna
Inspiração em Lunes
Lua Cheia do outono de 2009