24 de nov. de 2011

Apenas um ensaio...um pensamento perdido!

Filosofia antes vista como magia
Antes poesia, astronomia...
Tudo rimava
Virou paixão, seduziu a razão
Era policia muitas vezes cínica
E todas as outras,  criticas.
Eram realidades
Políticas do outro
De todos os outros
Era um concerto
Um alivio ao tormento
Era foco principal na jornada.
Hoje desconcerto.
Jogada,largada num acostamento
Qualquer de larga estrada
Estrada de muitas saídas
Mas imperceptivelmente
De uma só entrada...
Marca-se por onde se deve sair,
Mas não há olhar que veja ou
Que tenha visto, em algum
Lapso de vida
Que na placa de entrada da estrada
Que permitiam em si todas as saídas,
As palavras formavam:
FILOSOFIA.


Marcia Alcantara
Por do sol de primavera 2011

20 de out. de 2011

Não vou dizer o que dito já foi...

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

16 de out. de 2011

Letras ajuntadas


A cada dia que passa mudam-se as coisas, as figuras e as texturas... Mas, novas palavras são torturas, afinal, neste, pequeno mundo, mandam as escrituras... Escrita nas alturas, escritos de um tempo que ninguém nunca viveu, nunca viu e nem sofreu, alegrou-se? Ainda menos.
Recuso-me a copiar, me recuso a reescrever ditos e escritos que por mim não foram vistos os contextos dos quais estes foram nascidos.
Nasci agora, vivo de hoje, ontem já passou e me esqueci de escrever...
Márcia Alcântara
Primavera fria e chuvosa 2011

21 de set. de 2011

Um Poema sobre a Arvore

Tu tão pequenina lançada na terra.

Lançada por um passarinho
Ou talvez ainda por uma rajada de vento.
Em um espaço tão imenso…

... Sozinha, escondida
Sentia o calor do Sol
As gotas de chuva.
Percebia o dia e a noite.
Ansiosa, crescia e crescia…
Conseguia admirar o dia
Percebia a energia do Luar!

Crescia e Crescia…
Começava a despontar.
Ser o que antes não era…
Ou que era não visível,
Agora visível…

Crescia e crescia…
Agora já adulta
Adubada pelo carinho
da terra,
Floresce e floresce…
Nos abençoa com vossos
Frutos doces…
Com suas flores coloridas…
nos presenteia com um
perfume intenso, delicioso.
Enche-nos os olhos
Com vossa majestosa
Beleza…

Ah! Quanta coisa
Tens a me contar…
Tanto durante o dia,
Quando me esconde do Sol
Quanto durante a noite de intenso luar.
Ah! quanta energia tens a me doar!

Grande és tu
Oh! Magnífica
Suas folhas e sua copa
Verdes a Brilhar
No Sol ou nas noites, com
Ou sem Luar!
Graça por vossa existência
Mãe Árvore a ti quero homenagear!


Marcia Alcantara
Dia da Arvore de 2009, mas tão original quanto hoje, mesmo dia de 2011

20 de jul. de 2011

Dúvida

O mundo.

Eu mesmo.

O mundo e eu mesmo
Eu mesmo e o mundo.

Ou o mundo sou eu mesmo?
Ou eu mesmo sou o mundo?

Eumesmomundo.

Marcia Alcantara
Por do Sol, inverno 2011

14 de jul. de 2011

Lua quase cheia...

Era véspera de Lua cheia
E lá estava ela, Manuela
Debruçada na janela
Esperando a lua chegar.

O perfume dela, de Manuela,
Era amadeirado
Mas seu animo estava
Desanimado...

Nem a luz do luar,
ou a energia estrelar
Trazia harmonia
Ou algo para lhe alegrar.

Mas foi de repente
Como repente
Que uma estrela cadente
Atravessou o luar...

Manuela sorriu
De seu pensamento
Um pedido partiu
Ela desejava ver...

Ver outra realidade
Que não aquela
Cheia de maldade...


Márcia Alcântara
Noite quente de inverno 2011.

2 de jul. de 2011

Pensamento ao vento, ao tempo...

A Filosofia me foi consolação por algum tempo, hoje ela me é um tormento.

Márcia Alcantara
Dia de inverno de 2011

26 de jun. de 2011

Pensamento solto II

Há quem pensa e não  faz.
Há quem apenas faz, e não pensa.
Complexo é encontrar, a perfeita união:
Pensador e Feitura.

Márcia Alcântara
Manhã pensativa de inverno 2011

Um pensamento solto...

Não é a Filosofia que faz o Filósofo, ou o Filósofo que faz a Filosofia, mas, sim a união perfeita e harmonica de ambos.


Márcia Alcântara
Mais uma manhã de inverno de 2011

15 de jun. de 2011

Tentativa Frustrada

Me coloquei a pensar na tentativa de ser filósofo. Pensa-se, hoje, diferentemente do que pensava ontem, que esta tentativa é uma tentativa frustrada.

Não há espaço para filosofar, não há espaço para filosofias. Há sempre poesias novas, ou velhas e nunca lidas. Há sempre novas noticias de descobertas na ciências. Mas a Ciência...

Diferentemente da filosofia, que não há nada novo, e talvez apenas coisas nunca lidas, novas, nunca. Não se sabe quem proibiu oui se proibiu, mas se tornou inviavél até mesmo a tentativa.

Aqueles que se dizem filósofos são afogados num mar de coisas já escritas e ditas. Incapaz de falar sua realidade, uma realidade que não pode ser dita. Há uma condenação por criar um estatus de filósofo. Pode se ser tudo, médico, dentista, geólogo...mas filósofo, não, imagine que isso!

Condenado a filosofar o já filosofado, parece que a intenção do filósofo, fica, apenas, na arte, fazendo poesia, devaneando sobre o que é e o que não é, descrevendo o que sente por dentro, tentando encontrar na “finitude” das palavras uma maneira de expressar o proibido.

Ao falar, é posto a “subdizer” algum dito. Hoje não é algo fácil, ser quem se é. Antes, assim como hoje, também não era, e a condenação eram forcas, fogueiras, cicutas. Hoje é a solidão, o desprezo alheio. Há um atropelamento do ser que é...ou pretendia ser.

Márcia Alcântara
Tarde confusa de outono, eclipse lunar em andamento.

Entre nós.

Entre nós.

Acordei. Tensa.
Serei, hoje, fascínio.
Exausta.

Cheia, plena.
Assim no entardecer
Estarei.

Feliz.
Apática.
Mágica.

Mas, há algo entre nós.
Acordei querendo teu calor.
O terei.

Mas a Terra
Estará
Entre nós!

Márcia Alcântara
Entardecer de outono, eclipse lunar a começar.

29 de mai. de 2011

Mais pensamentos...

Eu sempre quis saber de mais...
Eu nem sabia o quanto isso me custaria.
Me custa saber que não sei de nada.
Me custa saber que nunca saberei de tudo.
Me custa entender o que sei.
Me custa não entender o que não sei.
Me custa entender o que não entendo e procuro saber.

Sou cobrada pelo pensamento.
Sou cobrada pela razão.
Sou cobrada pelo sentimento.
Sou cobrada dos fatos invisíveis.
Sou cobrada pelos fatos visíveis.

Eu sinto o que não entendo.
Eu falo do que sinto.
Escrevo e estou sempre fugindo...

Márcia Alcântara
Gélida noite de domingo, inverno 2011.

23 de mar. de 2011

Quem sabe um tratado sobre a vida ou sobre a morte...

A vida é algo misterioso talvez ainda mais que a própria morte. Quando vem a morte, ela escolhe, não se sabe como, nem por que, não escolhe hora, nem idade, nem lugar, os motivos dela são por nós ditos e salientamos a ida de alguém por isso ou por aquilo, mas o real motivo não se sabe, e quem sabe, nunca saberemos.


A vida está ai para ser vivida e vivemos. Deixamos muitas coisas por dizer, muitas coisas a viver. Não temos tempo diante das muitas escolhas que temos que fazer, que viver, por assim dizer. A vida é sim misteriosa. Não se sabe como viemos, como chegamos a condição de vivos. Sabemos que nascemos, mas não sabemos por que ou quem escolheu isso. Claro que existem teorias que dizem provar como e por que aqui estamos, mas tem sempre quem diga que não é bem assim. A vida é dúvida e para muitos, dívida.

Nascemos pequenos, crescemos. Fazemos escolhas que podem estar ligadas a nossa condição de vida, mas caímos em condições não escolhidas. Trabalhamos, conhecemos pessoas, formamos família, cultivamos amigos na mesma proporção que inimigos.

Estudamos, caímos em contradições, escolhemos erroneamente as coisas e pensamos estar agindo e escolhendo o certo, mas com o passar do tempo vemos que não era a escolha certa. Por vezes escolhemos o que parece o certo, e assim levamos a adiante o acerto. Nem todos são iguais, mesmo surgindo no mundo da mesma maneira e fazendo as mesmas escolhas.

Não vivemos todos iguais, mas somos iguais na mesma medida que somos diferentes. Misteriosa é vida diante dos fatos vividos e vistos. A morte se torna misteriosa, mas é fato que não sabemos a respeito desse mistério. Já a vida é misteriosa e vivemos tentando descobrir suas possibilidades e suas probabilidades iguais e diferentes. Já a morte é apenas uma, causadas por motivos que nós mesmos criamos, mas igual a todos que fecha os olhos e o coração não mais bate. Mas e por que ele começou a bater? Qual o foi primeiro que começou a bater? Não vimos e não vivemos o fato.

Perguntas tantas que podem ser feitas em vida, mistérios que vivemos tentando descobrir, mais que o próprio mistério da morte, onde quem poderia responder não tem mais direto a fala, e deixa de existir, deixando póstumos escritos que por ele mesmo não mais poderá ser defendido, mesmo por seus mais fieis seguidores, todos somos iguais, porém diferentes, nos desejos, nas falas, nos pensamentos...Na vida a ser vivida.



Márcia Alcântara
Primeiro escrito do outono 2011.

14 de mar. de 2011

Homenagem a Sócrates

Oh! Santo Sócrates...
Ajude-me a ser sábio
E que de posse de tal sabedoria
Eu saiba reconhecer meu próprio ser...
E quando conseguir esta maravilhosa façanha
Que eu consiga entender
Que nada sei, que tudo é aprendizado...

Que com sua ajuda a me iluminar
Dentro dessas trevas do nada saber
Eu possa indagar sempre
E a nada, nada responder
Apenas concluir que simplesmente
Não sei!

Que eu possa dialogar usando a razão
E que eu seja entendido com clareza por todos.
Que eu seja virtuoso em meus diálogos
Que eu seja como tu,
O caminho para as mensagens dos Deuses
Pois sinto que eles existem!
E que, talvez estejam entre a “infinitude”
Do Céu e da Terra.

Santo Sócrates...
Que eu não seja castigado por
Simplesmente não saber, por não
Compreender nem a tudo e nem a todos.

Santo Sócrates... Guerreiro
Interceda por mim junto a Zeus,
Sei que és amigo dos Deuses
Pois estes reconhecem tua
Imensa sabedoria...grande sabedoria!

Que eu seja humilde para
Reconhecer meus defeitos, meus erros.
Que assim seja para todo o sempre de minha
Insignificante existência!


Márcia Alcântara
outono de 2006

7 de mar. de 2011

Pensar...

Não! Eu não posso continuar
A pensar, a sonhar, delirar
Quero parar...
Assim não posso prosseguir
Não consigo construir

Só penso e penso...
Vivo e revivo...
Se Eu sou,
Se Eu deixo de ser
Penso em mim...
Penso em você...

Penso no texto corrido,
Na tinta da caneta...
Penso na poesia
Penso na rima...
Mas ela não sai!
E isso me desanima!

Eu penso em parar,
Claro que penso!
Mas não sei como...
E penso nas maneiras
Me distraio
Procuro pela Lua
Mas ela simplesmente deixou recado!

Respiro...
Me ponho a pensar
Em uma maneira de parar...
Penso na chuva, no frio...
No fogo, no seu calor...
No de laranja...
Nas cores do céu
No azul de seu véu!

Eu preciso parar...
Parar um minuto..
De pensar...de ver o mundo
De refletir sobre tudo...
Chega de Reticências
Preciso de uma vírgula,

Eu preciso!

Márcia Alcântara
Verão de 2011

Por que sempre cobram um "título"? Mas esta ainda não é aquestão deste escrito!

Existem fatos que me impressionam aponto de tirar de mim o chão. Alias é justamente o fato de se ter um chão que me deixou impressionada por momentos no dia de hoje.

Fico imaginando o rodar eterno que dizem que a terra faz. Fico impressionada por ela ser redonda...fico imaginando ainda mais o ecoar das palavras alheias...ecoam, ecoam, ecoam.

Lançadas no ar, apenas quem está próximo escuta. Mas quem é este próximo que diz escutar? Imagino que o verbo seja uma ação intensa que ecoa sem que percebamos e que para longe se vai...se vai...se vai. Trazendo consigo, rebeldemente, seu rebento: o retorno.

Mas é bem claro, ao menos comprovado, que a terra se move de forma única, estamos quase sempre posicionados verticalmente sobre ela, e que por vezes, quando desfalecemos, horizontalmente, mas mesmo assim, sobre ela, pois sob é apenas imaginativo, ilusório. Mas se a terra se move de uma única maneira, por que tantas formas de agir possui o ser humano, que igual a todos os seus semelhantes age tão disformes uns dos outros?

Será que por conter em seu corpo, uma grande quantidade de água, segue como o ciclo lunar, repleto de mudanças? Mas se não for isso, será que a terra não é lua azul de algum outro planeta? Ou melhor, será que todas estas mudanças que ocorrem não fazem da terra também uma espécie de lua?
Quero com tudo isso questionar a posição do seres humanos em relação a tudo e a todos... o que parece estar estragando é justamente a posição que ele imagina estar: no centro!

Por Raios! Que chão é esse que o ser humano se equilibra e sente que ele é o fator principal? Ele, como sendo único, únicas são suas vontades? Onde colocou todo o resto, inclusive o respeito ao chão e ao ar ecoam suas palavras? Onde colocou o outro que enxerga seu acenar diante do luar?

Sei que tudo pode ser redito e refeito de outra maneira, talvez mais concreta ou quem sabe mais correta de dizer, mas por hora agi com emoção e deixo de lado a razão para os que conseguem agir sempre assim. Talvez eu também seja como a lua, talvez eu também desrespeite teorias, mas aceita-las vendo as ações não correspondidas, por hora, eu não consigo.

Um dia conseguirei decifrar o ser humano em suas vontades...talvez aja tempo para que eu possa entender por que pensamentos assim, disformes, atacam meu ser sem que eu deixe... quem sabe são estes mesmos pensamentos que causam nos alheios posturas “desposturadas”.

Márcia Alcântara
Verão de 2011.

5 de mar. de 2011

É tempo de poetas

É chegado o tempo dos poetas.
Dos que refletem e escrevem.
Dos que vêem e finge que não vêem.
Mas que sentem!

É chegado o tempo dos poetas.
Que escrevem por que sentem vontade,
Que escrevem por que sentem necessidade.
A flor da pele sentem afetividade!

É chegado o tempo dos poetas.
Pagãos ou não!
Que sentem em suas vidas
A gloriosa furia da paixão!

É chegado o tempo de caça aos poetas!
Que dizem o que não existe!
Que coroam a vida simples!
E incompreendidos ao logo dos séculos são!

Márcia Alcântara
Verão de 2011.

2 de mar. de 2011

Sem título, por favor

Dizem que não é o dever de ninguém questionar a todas as coisas já ditas, realizadas... mas, de que adianta uma organização que não respeita a nada e nem a ninguém a não ser, talvez os seus próprios discípulos? E o pior é que cabe a todas as organizações.

Quem sabe se lá no fundo, estes mesmos não sejam, por baixo de panos escuros, escritas mentirosas e mau interpretadas, ou quem sabe ainda de discursos falsos e inescrupulosos , humilhados e desprovidos de sua dignidade?

Ainda me pergunto o significado de algumas palavras, não sei se palavras chaves, mas que de uma certa maneira andam me aporrinhando e chateando minha estadia aqui, que nem sei por que aqui vim, são elas: religião, política, filosofia, sabedoria, amor e uma que desencadeou todas estas ao meu modo de ver: ALELUIA.

Aleluia é o que mesmo? Responda quem a tudo sabe!
É estar aqui, alegre ao ver esta igualdade e este excesso de harmonia e de liberdade de expressão? Risos... sim sou obrigada a rir, por que daqui, do lugar que me deram para assistir o espetáculo, não consigo ver nada dessa ALELUIA toda.

Consigo ver apenas uma escuridão, que inebria os fracos, e que a mim cheira a mentira e a arrogância, sinto muito se parece que este não tenha odor, mas tem e garanto a quem acreditar que não é um odor nada agradável... enquanto para outros ela aprece ser uma saída para onde quem foi nunca voltou para dizer se é bom. E se voltou... não se lembra.

É tão bom viver o agora... pena que nem todos saibam, e pairam pelo ar á escrever apenas o outrora, o futuro... esquecem do que foi o passado, ou ainda, comparam o presente com o passado, mas esquecem de aplicar a correção do ontem ao hoje. Vivem da mesma forma, da mesma maneira, e ainda se dizem mais evoluídos e pensantes, criticando o outro do qual se espelha para viver.

É uma pena, ou não, afinal a verdade não é propriedade de nada, de ninguém... mas fazem dela o lugar onde escondem a própria mentira...

Márcia Alcântara
Dia frio do verão de 2011

Obs: hoje não vi nenhum passarinho.
Obss: não parou de garoar um só minuto.
Obsss: o Sol apareceu mas não estava totalmente redondo.
Obssss: será que o Sol, assim como a Lua, também míngua?

17 de fev. de 2011

Euvocê

Bom ver a Lua adormecer
O Sol acordar
E me ver
Com você!

As horas passar e
Tudo acontecer e eu
Estar com você!

A chuva derrama,
Acaricia a terra
E eu vejo tudo,
Com você...

O vento percorre o céu
O ar refresca, e sinto sua brisa,
Com você...

Percebi que sinto a tudo e
Que a tudo vejo
Por que estou com você!

Você é meu tudo...
E eu sou pra você...
Preciso descobrir onde meu
Eu acaba e começa você!

Márcia Alcântara
Verão de 2011.

14 de fev. de 2011

Sabedoria seca



Oras, a cada dia que passa aprendo com as horas e suas divisões... Não sabia de muita coisa que agora, quando contato tive, desconheci ainda mais.


Agora sei e sinto que só sabemos e podemos entender as coisas, quando estamos em contato com elas. Só podemos falar do que vimos e do que sentimos na pele, e muitas, mesmo vendo e sentindo é complicado dizer. As palavras nada dizem, as palavras nada explicam. Sentir é tudo, observar e vivenciar é o máximo. Como explicar um abraço e um afago, um carinho e uma relação de amor?


Ah não! Isso não é explicável!


É como dizer que uma flor nasce em solo arenoso, em solo seco e debaixo de muito sol, pois ali, onde a vi, toda aguá, qualquer lágrima secará! Mas, sim ela nasce! Eu vi, mas por muitas vezes quando me disseram eu não acreditei. Tentar explicar? Não conseguiram e eu não sei se posso. Quem sabe ela nasça para ver a beleza do luar... quem sabe ela nasça para nos fazer ver as possibilidades da vida... Quem sabe ela exista porque necessita aqui estar, por si só? Quem sabe ela veio para alegrar o que triste está! Quem sabe ela veio para valorizar ou para se valorizar e mostra sua força...

Olhando para a Lua, que no céu crescia e sorria, despontando numa beleza indivisível lá estava, ela, a flor, linda, branca, forte, serena, solitária, harmônica e com ar de felicidade, mesmo só, mesmo seca...


Não sei, sei que ela eu vi e sei que não entendi, tanta beleza numa enxurrada seca...


Márcia Alcântara
Pós-viagem ao sertão, verão de 2011

13 de jan. de 2011

Sentimento não tem título

Palavras?
Estas por vezes deveriam não ser ditas...
Machucam e nos deixam a deriva...
Num mar de letras, num mar de palavras.

A razão em pleno vapor!
Onde o coração não trabalha...
Os olhos não enxergam o luar...
O paladar não é sentido...
A pele não é tocada pelo carinho do sol...
E não se escuta o som dos passarinhos bailando
No perfumado céu lilás!

Quanta vida desperdiçada quando o sentir
É materializado por palavras que jogadas ao vento
E que no tempo alado se vão, mas deixam
Sua marca tatuada na pele...

Palavras, desperdício da vida!

Márcia Alcântara
Longe de mim, com olhos de Rubi, verão de 2011.

12 de jan. de 2011

Existe

Existe poesia, pode acreditar!
Entre o céu e a terra,
Entre o céu e o mar.

Existe muita alegria pode imaginar?
Acho que não! Ou melhor, sei lá
Mesmo assim procure em cada olhar.

Existe muita paixão, perceba a intensidade.
Me tome em seus braços,
Vamos viver com ingenuidade?

Amar... Me sinto apaixonada!
Vivendo agora...
Vivendo num mundo, deslumbrada!

O tempo, ah o tempo.
Parece ser alado...
Nada como curtir o momento.

Se você, em mim não acreditar,
Não tem problema algum...
Em qualquer momento você mesmo vai comprovar.

Por hora, sinta apenas minha caricia
E a minha boca a te beijar!

Márcia Alcântara
Verão quente e úmido de 2011.