13 de jul. de 2009

Decepção

De fato, eu que sempre assumi uma postura negativa com relação ao tempo, hoje tenho que mudar, nem que seja por essas poucas linhas escritas, mas preciso, embora me doa muito, dizer o quanto ele é importante. O tempo passa se vai e nem satisfação dá. O tempo vem, diferentemente para todos. Sua contagem padronizada, apenas é um engano, pois não o contamos. Ele faz nos perdemos em seus pontos e números.
Mesmo me encontrando perdida no tempo estou decepcionada com o que, por conta dele, aprendo e sinto.
Sinto que para muitas coisas e em muitos momentos sou apenas um número. Espero muito de tudo e quando percebo esse muito não era algo bom. É bom no fato de que me trouxe um aprendizado, dolorido, mas aprendido. Me sinto como um pote em que os fatos são despejados. E nem no lixo consigo colocar para fora o que se encontra dentro de mim. Nem mesmo um lixo merece ouvir o que tenho para desabafar. Desabafar os problemas de todos. O bom é que muitos e muitas coisas estão sem problema algum. Talvez seja este tempo, este intervalo de passeio e alegria, que o fazem esquecer de seus problemas cotidianos e se esquecerem dos outros. Mas Eu não, não esqueço de nada. Me lembro perfeitamente de todos os meus e de todos os problemas relatado a mim pelas outras coisas. Me lembro de tudo cuidado. embora as outras coisas não.
Mas uma vez o tempo me faz morder a língua. Ele se fez necessário para que eu pudesse entender dentro da minha rotina de estudos, que nada é fantasia. Tudo não passa de jogadas políticas. Eu não queria dar razão a Maquiavel, eu juro, mas não tenho outra saída. O problema agora é eu aprender com ele todos os macetes que percebo que as outras coisas aprenderam. isso não faz parte da minha etica pessoal. e eu possuo uma pois tenho certeza absoluta que sou autentica. Minha mestra sempre diz: “não diga que não goste do que você não conhece, nunca fale que não gosta do que não entende profundamente”, e ela tem razão. Agora entendi Maquiavel, e vejo a razão dos ditos, e percebi como todas as outras coisas agem.
Aprendi que de fantasia a vida não tem, a não ser que eu não precise falar com pessoas de carne e osso, maquiavelicas por sinal, e converse somente com as fadas e os meu amigos gnomos.
Falar tudo poeticamente e bonito, se torna apenas motivo de chacotas, e risadinhas de canto de boca.
Minha decepção está com relação a quase tudo. Por conta da filosofia, que deixou a fantasia para se organizar como meio político, mas vejo que isso não funciona até hoje; com as pessoas que se mostram umas e quando vemos a máscara cai e nada são do que dizem ou fazem é o que verdadeiramente são, mas isso já vem de muito tempo, não aprendi por que sou burra, anos a traz a máscara de uma caiu, não aprendi com o acontecido por que não quis. É aqui que encontro a parte legal, muitos do que pensei ser da “legião do mau” são na verdade do bem. Talvez estes estejam de máscaras para não serem atingidos pelos adversários. Agora tentarei ser assim também. Na magia vestimos máscaras para não sermos atacados por energias negativas, usarei agora meu aprendizado. Dizem que Cleopatra usava fortes maquiagens para não ser reconhecida pelas energias maléficas. Usarei meu “caldeirão” para afastar de mim as coisas malignas. Já é tempo de limpar o terreno para a nova fase. E ai estrearei irreconhecível, invencível. Fadas, gnomos, intuição ao meu lado. Serei eu mesma. E não vou mais me decepcionar com nada, minha decepção é apenas aprendizado. O inverno e a chuva é apenas a limpeza para o novo tempo, o tempo de florir os campos e semear novos aprendizados. A decepção vem como conseqüência da vida, e viva estou.

Marcinha Luna
Inverno de 2009