17 de ago. de 2009

Estrelas

Hoje me levantei pela manhã quando avistei a luz do sol que entrava pela fresta da janela arqueada. Olhei o céu azul, azul, tão azul que se confundia com o azul do mar. As poucas nuvens que flutuavam eu poderia muito bem dizer que eram ondas esbranquiçadas que vinham do horizonte em direção á areia.

Me coloquei a pensar. E então me lembrei da noite passada, que sem luar, eu podia ver as estrelas a brilhar. Veio-me no pensamento, um sentimento inefável, um devaneio incomensurável. Comparei o céu com o mar, onde as estrelas se colocam a brilhar. No céu e assim como no mar. No céu, em noites de Lua, prateado está e as estrelas, lá estão a brilhar.. No mar, em noites de Lua, prateado também ficará, e no fundo as estrelas do mar, também iluminadas ficarão. E então, aqui onde estou, no meio, na terra, sei lá, o que brilhará?

De fato não conseguia imaginar... Mas precisava conseguir, nem que fosse uma única estrela que eu pudesse fazer brilhar. Tinha a impressão que meu dia só se iniciaria, quando eu alcançasse tal objetivo.

E foi neste instante, que passa tão rápido, que em meu pensar brilhou uma estrela. Quem disse que eu não posso ser a estrela da terra? Quem foi que disse que não somos estrelas terrenas a brilhar? Fiquei atônica quando isso pude devanear. Fiquei com a sensação de poder até mesmo voar, iluminar onde eu penso em trevas estar.

Agora sou ainda mais feliz que ontem, estrelas brilham no céu, coadjuvantes no meio do luar... No mar, estrelas iluminam o escuro para os peixes desfilar... Na terra somos estrelas para tudo fazermos iluminar, importante será o meu brilhar juntamente com seu brilhar. E assim a tudo vamos iluminar!

Luna Alcântara
manhã de inverno 2009