8 de set. de 2010

Não necessita título, cabe ficar no mistério!

Fico imaginando, ás vezes, quando vejo o Sol e a Lua, sobre os mitos e as “coisas” do presente. Parecia que antes era tudo mais perigoso, mas repleto de emoção, de contentamento e felicidade. Antes parece que tudo era mais recíproco que hoje.

Sinto, quando leio os mitos e os manuais de magia antiga, que antes era tudo mais belo. Havia sintonia entre realidade e vontade... Sintonia entre o próximo e respeito mutuo entre tudo e todas as coisas. Antes havia mais alegria, os sentires eram mais aguçados, nada era colocado em xeque, mate, menos ainda.

A beleza do céu era admirada... as estrelas contadas uma a uma. Hoje não se pode mais contar as estrelas. É, não pode, pois na ponta do dedo pode nascer uma berruga. E nesse mundo, vivido agora, não se pode ser diferente. Todos devem ser iguais, cópias perfeitas umas das outras.
Contrariedade ou não, reciprocidade não existe, respeito ao próximo, menos ainda. Nada de sentires, hoje tudo isso é muito brega. O simples fato de olhar para céu pode te render apelidos, ficar conhecido como desatento, e quem sabe lhe renda algo do tipo “sem personalidade”, ou quem sabe ainda, esse ai “ não sabe o que quer”.

Vontade e sintonia não combinam mais. Os seres querem agora e não sabem esperar. Passam por cima do que lhe atrapalham, sejam vidas humanas ou vidas animais, ou ainda até mesmo a natureza que nem se defender sabe e responsável pelo sustento do mundo!

Os mitos e magia antiga foram copiados de forma bem singela, rsrs. Mito e magia agora viraram religião, claro que outros nomes. Agora tudo é muito perigoso e sem emoção. Procura-se a religião quando se esta descontente, sem alegria... Fico, ás vezes, imaginando tudo isso e não posso gritar aos sete ventos, pois a inquisição esta ai, disfarçada, não é mais cicuta, forca, calabouço ou fogueira, mas sim a ignorância e apatia dos que dizem estar com você e ao seu lado sempre. Quer morte, castigo ou punição maior?

Márcia Alcântara
Inverno de 2010