18 de out. de 2009

Delírio!


Hoje, mais que ontem, porém talvez não mais que amanhã, me sinto em dúvida. Não sei qual delírio quero ter. Quem sabe se eu me purificar através do vinho eu possa conversar com os Deuses e confessar a eles meu pecados mais pecaminosos. Quem sabe se talvez através da poesia eu não possa declamar meus anseios, meus desejos, quem sabe não esta ai, em meio ao verbo e a rima a minha saída, ou minha entrada pelos arcos da porta do submundo.Quem sabe ainda se através da profecia dos oráculos eu não possa descobrir o que me aguarda amanhã e se será que é necessária tais confissões.

Ah! Qual delírio!

Me fascina o delírio da paixão! Este talvez seja minha saída. A entrega total de mim á mim mesmo! Ah! Sim! Este me encanta! Me deixa em delírio completo. Farei da poesia minha entrega total, me purificarei no amargo doce da uva fermentada! Ah! Sim uma união dos Deuses, contando aos meus ouvidos, o futuro de outrem!

Ah! É então na Lua Cheia!

É tão Claro e nítido! Me purificarei através do amor e da paixão...ficarei fora de mim, ficarei sim Louco, alienado...estarei purificado, afortunado!

Estarei com minha personalidade explicita em mim, fora de mim! Assim serei o louco, o carro, desconsertado, desgovernado, e estarei por fim purificado. Uma vaga lembrança, dispara meu ser. Afastarei-me da dúvida, da beira do precipício. Estarei pronto para atravessar os arcos ocultos que somente os iniciados podem passar.

Luna Alcântara
Noite primaveril de 2009