25 de out. de 2009

SELO CARTÃO VERMELHO


Recebi este selo do Prof. Francisco, autor do Blog Filosofia e Vida, Blog que aliás, diz tudo, tanto no nome, quanto em conteúdo. Não deixem de conferir.

O nome do selo é “Cartão Vermelho”: “Cada um deve fazer uma listinha com 10 escolhidos para dar o cartão vermelho. Pode ser uma pessoa, uma atitude, enfim, tudo aquilo que, de alguma forma, nos incomoda - se quiser e precisar, dê uma justificativa breve. Após fazer isso, passe a bola para mais cinco blogueiros e vamos ver no que dá…”

Eu confesso que demorei a postar no blog este selo, inclusive imagino que o Prof. Francisco pense que não gostei do selo, mas não foi bem isso. Por um motivo básico e único, não fiz o poste antes: eu não conseguia encontrar as dez “coisas”para as quais daria cartão vermelho. Não sei se não conseguia encontrar por serem muitas, ou por nada serem...engraçado não?!

Bem ou mau, depois de muito pensar, e nada concluir, resolvi sortear, rs. As dez “coisas” Ganhadoras do “Cartão Vermelho” foram:

1 - A falta de iniciativa.
2 - A falta de vontade que muitas vezes temos de pensar (em tudo e com relação a tudo), e sabemos lá no fundo que essa “falta de vontade” existe.
3 – A falta de comunicação “inteligente, compreensiva e filosófica”.
4 - A cegueira com relação á existência do outro.
5 - A falta de sentimento.
6 – O desprezo pelas idéias e ideais alheios.
7 – A FALSA construção “virgem” das “coisas”. É necessário ver e discutir também as desconstruções. Muitas “coisas” que existe por ai são na verdade desconstrução de outra.
8 - Para as “autoridades”,que fazem de seus discursos algo que consideram perfeito.
8.1 – Para nós mesmos, que muitas vezes, ainda cegos, aplaudimos.
9 - Para tudo aquilo que chamam de “Moda” e seus “Modismos”.
10 - Para a Vida em pleno Sossego, viver é ser Desassossegado.

Presenteio agora, esses blogs com cartão vermelho, acredito que eles deverão acrescentar muito á nossa percepção:

Blog do Prof.Daniel – Filosofia Cotidiana
Blog do Pedro – Freqüência Perdida
Blog da Lívia – Socier’s
Blog da Kelly – o caderno de escrita
Blog do Tadeu - Varandeando

Paz, luz e harmonia a todos!
não muito de cada de hein! usem apenas a dose correta.

19 de out. de 2009

As Palavras enganam!

Fazendo meu papel de leitor, descobri nas entrelinhas que o que escrevo não é ditado por mim. Talvez confuso de compreender tais palavras. Mas descobri, no tempo de agora, que escrevo para quem lê e não para mim.

Até um tempo, considerado passado, eu escrevia para fugir dos sentimentos reais, considerados por mim, delicados, difíceis. Disse eu alguns textos atrás, que na tentativa de escapar do mundo real, eu encontrava nas palavras um modo de me esconder.

Fui iludida. Compreendi, depois de fazer o papel de leitor de um texto, que as palavras é que se escondiam em mim e não eu nelas. Descobri que na verdade elas me usavam para sair do mundo em que estavam. Ah! Palavras! Se aproveitaram, me usaram para escapar do anonimato!

Valeram-se da minha fraqueza, usaram meus sentires, meu dedos nervosos a digitar e digitar. E digitar o que vocês achavam conveniente a vocês! Não pensaram em mim. Enquanto eu me dedicava por completo a vocês! Descobri o porquê faço textos que considero ruins, a culpa é completamente vossa! E quem leva a fama? Eu!

Enfiaram uma faca em meu peito! Mas eu ainda estou aqui. Respiro! E agora cabe á mim esconder o que vocês querem contar aos outros. Agora Chega!

Morte a vocês, falsas palavras, que me enganaram por tanto tempo! Adeus!

Luna Alcântara
Manhã de primavera de 2009

18 de out. de 2009

Delírio!


Hoje, mais que ontem, porém talvez não mais que amanhã, me sinto em dúvida. Não sei qual delírio quero ter. Quem sabe se eu me purificar através do vinho eu possa conversar com os Deuses e confessar a eles meu pecados mais pecaminosos. Quem sabe se talvez através da poesia eu não possa declamar meus anseios, meus desejos, quem sabe não esta ai, em meio ao verbo e a rima a minha saída, ou minha entrada pelos arcos da porta do submundo.Quem sabe ainda se através da profecia dos oráculos eu não possa descobrir o que me aguarda amanhã e se será que é necessária tais confissões.

Ah! Qual delírio!

Me fascina o delírio da paixão! Este talvez seja minha saída. A entrega total de mim á mim mesmo! Ah! Sim! Este me encanta! Me deixa em delírio completo. Farei da poesia minha entrega total, me purificarei no amargo doce da uva fermentada! Ah! Sim uma união dos Deuses, contando aos meus ouvidos, o futuro de outrem!

Ah! É então na Lua Cheia!

É tão Claro e nítido! Me purificarei através do amor e da paixão...ficarei fora de mim, ficarei sim Louco, alienado...estarei purificado, afortunado!

Estarei com minha personalidade explicita em mim, fora de mim! Assim serei o louco, o carro, desconsertado, desgovernado, e estarei por fim purificado. Uma vaga lembrança, dispara meu ser. Afastarei-me da dúvida, da beira do precipício. Estarei pronto para atravessar os arcos ocultos que somente os iniciados podem passar.

Luna Alcântara
Noite primaveril de 2009

12 de out. de 2009

Eu Pensava...

Pensava que sabia quem era que comigo estava.
Pensava que sabia no íntimo quem eu era.
Pensava que conhecia os motivos pelos quais
A Lua vinha e Sol se ia...
O porquê chovia!

Ah! Eu pensava!

Pensava que sabia os motivos pelos
Quais o cão era amigo do homem.
Pensava que sabia o porquê o gato
Era traiçoeiro ou por que o preto era azarento!
O porquê o soldado, um dia, virava sargento!

Ah! Eu pensava que sabia tanto!

Hoje e somente hoje eu descobri
Que de nada, nada e nada sabia.
Eu na verdade me desconhecia!
E na medida que pensava saber
Quem eras tu, apenas não sabia!

Ah! Maldito pensar que me enganava!

Era enganada por meus pensamentos
Por durante todo o dia!
Não culpo você por não ser o que eu espera.
Culpo a mim e meus pensamentos infantis
Por acreditar que um dia me amavas!

Ah! Eu pensava...

Que eras Zeus, mas vi que nada és!
Prefiro agora não dizer o que penso!
Prefiro não pensar nada!
Prefiro deixar os dias seguir como um rio,
Sempre o mesmo, sempre outro!

Marcia Maria
Primavera Chuvosa de 2009

6 de out. de 2009

Tempestade nos meus pensamentos!

Não deu tempo de falar!
Me veio na cabeça
Antes de ao ar o verbo soltar.

Nem sei, me veio na cabeça
E em letras aqui no papel
Veio parar.

Sem razão alguma
Quis escrever, escrever,
Dedos e caneta a trabalhar!

E então no meio parei.
Quis pensar.
Pensei, analisei...

E quando no ar o verbo soltei
Simplesmente eu não sabia
Mais o que “letrar”!

Luna Alcântara
Lua cheia de primavera 2009