26 de fev. de 2009

O Bolo...

Vamos agora fazer uma analise de um bolo. Começaremos:
Redondo, inteiro
Branco, cobertura de chantily.
Decorado com contas prateadas e três flores lilás ao centro.
Internamente:
Massa de pão-de-ló
Abacaxi cozido com açúcar
Creme de baunilha
Molhado com refrigerante de abacaxi.
Pois bem, até aqui tudo bem? Entendido que se trata de um bolo, redondo e nada mais que um bolo. Certo?!
Deste bolo tiro um pedaço.
Analisemos novamente o bolo:
Redondo, faltando um pedaço
Branco, cobertura de chantily
Decorado com contas prateadas e três flores lilás ao centro.
Internamente:
Massa de pão-de-ló
Abacaxi cozido com açúcar
Creme de baunilha
Molhado com refrigerante de abacaxi.
Pois bem, até aqui tudo bem? Entendido que se trata de um bolo, redondo e agora faltando um único pedaço.
Direi agora o que pretendo. Não existe o primeiro pedaço do bolo. Todo pedaço é único e todo bolo é um novo bolo.
Sendo mais clara:
Do bolo redondo inteiro se tira um pedaço, é o primeiro pedaço de um bolo que agora não existe mais. Um novo bolo agora surge do nada ou do tudo que já existia, um bolo faltando um pedaço.
Vou tirar deste, um bolo faltando um pedaço, um outro pedaço, único de um bolo único.
Este bolo, faltando um pedaço, agora não existe mais. Um novo bolo surge: um bolo faltando dois pedaços. No final nada sobrará, assim como nada existia antes. Digo nada radicalmente, desde o bolo até estas linhas escritas, faladas, recitadas, ouvidas...

Talvez eu ache isso. Até agora estava pensando. Acho que mudei de ideia, o primeiro pedaço existe e é único...
Ah! Sei lá!

Marcinha Luna

Noite de verão de 2009
Lua Nova

19 de fev. de 2009

Morte...

Que vem a ser a Morte?!
Tal coisa que fecha os olhos de quem amamos
Sem nem perguntar se pode ou não,
Se é tempo de ir ou não...
Ficamos aqui deste lado, pois talvez a morte seja outro,
Com mais uma pergunta, mais uma aflição,
Alem daquela que já tínhamos adquirido como passar
Do que chamamos de tempo ou de vida,
A pergunta que nos acompanhava sempre:
Qual a razão de viver?! Fica imóvel ao nascer em nosso
Intimo uma nova pergunta
Qual a razão de morrer?!
Será que é viver?! Viver para morrer?!
Morrer para uma nova vida?!
Nossa! Viaja-se atrás de respostas e não
Vemos o que chamamos de tempo passar...
Mas vemos quem amamos e Admiramos
Partir, nos deixar... e ficamos aqui repletos de
Indagações e sem nada podermos fazer...
Mãos atadas ao sentir uma essência partir.
E para onde foi? Por que nos deixou?
Por que não responde mais?
E o pior é que esta que se foi não indaga mais.
O “que” da vida desapareceu,
Juntamente com a admiração!
Realmente morreu!
Partiu!
Não é mais!

Marcinha Luna
Verão de 2006

16 de fev. de 2009

Tempo...em mim...por enquanto...Tempo.

Tempo, coisa chata.
Tempo, nada diz.
Tempo, sozinho.
Tempo, sem nada de cor.
Tempo, passa.
Tempo, fica.
Tempo é nada.
Tempo é tudo.
Tempo, tempo.
Tempo.
Nada. Triste. Sozinho. Sem graça.
Descolorido. Apático. Chato.
Desencorajado. Sem esperança.
Inconveniente. Desarrumado.
Desalinhado. Cíclico.
Tempo.
O que é o tempo?
Sei lá!
Simplesmente é o tempo.


Marcinha Luna

12 de fev. de 2009

Ah! Filosofar!

Ah! Filosofar!
Filosofar é ocupar-se com o desconhecido...
É tentar conhecer o que não se conhece,
Incluir na tentativa desse conhecimento
O porquê de nós!
Ah! Filosofar!
Quem será que sou? Será que sou?
e se eu for, porque sou?
Por que eu sou eu e não outra coisa?
De onde vim e para onde eu vou?
Mas quem disse que vou?
Sei lá! Muitas duvidas tenho para colocar!
Ah! Filosofar!
Porque hoje chove?
Porque o céu é azul?
Porque das nuvens?
Para que tentar desvendar?
Tantos mistérios, mistérios em mim,
em você, no mundo!
Ah! Filosofar!
Porque meu pensamento reage assim?
Porque quero saber de tudo?
Será que nada sei?
Bem provável!
Ah! Filosofar!
Será a filosofia a essência da vida?!
Ah! Sei lá!

Marcinha Luna
Verão, manhã de chuva 2009

9 de fev. de 2009

Magia da Lua em mim...

Mais uma vez o Sol se vai...
Parece que ele traz a noite
Antes de se recolher no horizonte.
A luz e o vento abafado
Da lugar as estrelas.
O vento frio começa a soprar lentamente...
Lentamente...
Aparece então a Dama da Noite,
Seu perfume, suas flores...
A Lua acompanha com esplendor
O desaparecimento do Sol...
Ela vem brilhando...
Como que ao toque de uma
Varinha mágica
Ela se torna uma esfera
Perfeita...
Enfeitando o céu
Que parece feito de tinta azul escura.
Mas azul escuro não fica... Ah! Não fica...
A Lua o ilumina... Qual tom de cor!?
Ah! Não sei... Sinto um bailar,
Um bailar de energia colorida que invade
Meu ser... Sinto-me completa,
Amada e preferida,
Contagiada pela eterna mística
Que mostra a Magia da Lua em mim!

Marcinha Luna

Lua Cheia ->11h49m
de 09/02/2009

5 de fev. de 2009

Acreditar, Viver?!

Mitos!Lendas!Histórias!
Por que acreditar?
Mas por que duvidar?
É necessário olhar o passado?
Mas e o presente?
E como será o futuro?
Quem disse que não vivemos uma lenda?
Quem disse que não vivemos nas paginas
De Histórias de um livro!
Quem sabe somos apenas um capitulo,
Um personagem que apenas vive em tinta preta,
com letra maiúscula num labirinto
Qualquer de letra de uma fonte padrão!
Ai Ai! Sei lá!
Quem disse que não somos apenas
Uma imagem qualquer de uma foto
Que magicamente se movimenta?!
Ah ta, você não acredita em magia!
Então me diga como foi criado
O primeiro homem, se não por magia?!
Ah ta, ele veio da evolução do macaco!
Legal e como surgiu o primeiro macaco?!
Não sabemos o que será do
Nosso presente no futuro.
Será que existirá uma evolução
Nossa andando por ai junto conosco,
no futuro, talvez mais sábios que nós?
Não somos sábios!
Assim funciona o universo
A resposta a uma pergunta
Pode ser outra pergunta? Ha ha!
Pois é, esta eu não consigo responder.
Apenas vivo.
Agora se é vida real, lenda ou História
Eu simplesmente não consigo saber!

Marcinha Luna

2 de fev. de 2009

O Mar...

O mar e suas águas
Aparentemente calmas...
Recebe o Luar, que se funde
Com o céu e não aparenta
Tão infinito, parece algo
Que posso tocar, algo posso
Sentir, apreciar, até mesmo
Acariciar suas águas, assim
Como faz com areia, tão clara...
O mar e suas águas...
Aparentemente tão doce...
São mágicas...
Recebe uma magia inefável...
Possui uma feminilidade,
Possui uma mãe, que também
Esta comigo, me protege...
Iemanjá e suas águas...
Dona, Rainha do mar e suas águas...


Marcinha Luna
verão de 2009
Homenagem a Iemanja Rainha do Mar

1 de fev. de 2009

Lua Crescente...

Escutei um chamado vindo da janela
Avistei o Sol, que brilhava
Com um tom alaranjado,
Foi quando no piscar dos meus olhos,
Completamente enfeitiçado
O Céu se tornou Rosa, uma cor
Maravilhosamente bela....
Senti o Cheiro do anoitecer,
O Vento batia em meu rosto,
Sentia com a razão todos os momentos...
Foi quando senti uma caricia em meu rosto,
Um sopro carinhoso em meu ouvido,
Meus cabelos, quase negros,
Sacudiam na noite...
E ao olhar novamente o Céu,
Alaranjado, Rosa, Azul Claro, Lilás
Vi o bailar das nuvens,
Puramente brancas,
A musica era doce, tão doce
Que meu paladar se fundiu magicamente
Com meus ouvidos...
Nada podia falar, apenas observar
Quando a Senhora da Noite
Para mim sorriu...
E a razão?
Sei lá...estava ali completamente
Dominada, enfeitiçada
Pela emoção!

Marcinha Luna
Noite de verão 2009
Lua Crescente-> ás 20h13m
de 02/02/2009.