27 de dez. de 2008

Lua Nova...

Oh! Lua Nova...
Auxilie-me a enxergar com os olhos do meu coração
A Luz e a Esperança...
Que eu tenha Fé
Para seguir com coragem o meu caminho.
Que os novos começos que estão por vir
Sejam repletos de doces realizações...
Que quando ao Céu voltares a brilhar
E para mim sorrir, eu esteja renovada,
Assim como sua Luz sempre esta quando retornas.
Que assim seja...
Paz, luz e harmonia!

Marcinha Luna
Verão de 2008

26 de dez. de 2008

Festa, alegria!

Pingos a cair, gélidos numa noite abafada de calor sem luar. É festa, alegria. O dia chega, o Sol não brilha, apenas o calor a esquentar. O dia é presente, o futuro não chegou ainda, mas o passado continua a se fazer presente, batendo na porta, tentando violar a alegria presente. Por momentos até consegue, mas dentro de alguns, não de todos, o passado não se faz presente não, e a alegria presente no coração de alguns, não de todos, abre a porta e deixam o passado entrar, são sutis e delicados, e faz com que o passado atravesse a cozinha saindo pela janela e se esvaindo no dia que abafado está. O presente que em segundos se faz futuro apenas ri do passado que se foi! É alegria e festa ainda, a energia positiva vence, no coração de alguns, não de todos!

Marcinha Luna
Manhã de verão 2008

20 de dez. de 2008

Yule!


A noite se encomprida...
Torna-se então mais longa.
Nela encontraremos a semente da luz!
Olharemos para frente e visualizaremos
Nada mais nada menos do que um prospero futuro.
Confiaremos em nós... por que somos!
Por que fazemos com que a Magia aconteça!
É festa, é alegria, é amor...
O presente embrulhado é uma
Dádiva, uma sorte a que entregaremos ao próximo!
Embaixo de nossa arvore, verde e reluzente
Eles são abençoados, coroados com a luz
Mágica que pisca-pisca sob uma estrela,
Estrela essa que simboliza Magia e Amor!
Cartões e papeis com dizeres...
E em cada letra um simbolismo
Em cada simbolismo um dizer...
Palavras que parecem soltas pelo ar...
Apenas parecem, por que só o coração pode classificar!
Só o coração pode falar...
E somente o coração pode escutar...
Palavras que são soltas pelo ar!
Viajam pelo vento como sementes
Que na terra se fertilizarão...
Para assim nascer o futuro prospero
Que visualizaremos!
Carinhos e carinhos além que sempre voltam!

Marcinha Luna
noite de primavera 2008
 

14 de dez. de 2008

Linhas

Não me encontro mais pendurado no limite do mundo! Estou agora seguindo a linha que o delimita. Tento agora olhar o passado. Não consigo. Queria eu analisar o que foi feito em minhas vidas passadas, tentar corrigir erros. Mas não consigo. Sinto-me trancada, trancada aqui no presente que não existe pois já se passou. Não consigo me lembrar nem do ontem, queria te contar, mas não dá. Queria conseguir me lembrar de momentos lindos e belos, mas não consigo me lembrar nem mesmo dos momentos de grande tristeza. Sei que são muitos, tanto uns como outros. Ai, Ai! Grande vida misteriosa. O que esconde por trás de suas linhas, verticais e horizontais? Escondem amores, desilusões… paixões e ódios… vida e… Por que tu preferes elucidar as coisas aos poucos?! Dê-me seu livro para que eu posso ler pelo menos a parte que cabe a mim, a parte que cabe a minha vida!

Marcinha Luna
noite de Primavera 2008

5 de dez. de 2008

Busca...

Cristal achou que tivesse se encontrado - Cristal e sua mania de “achismos”! – ficou triste ao saber que não era bem assim. Pois bem, sua jornada em busca de tudo continua. Leituras, viagens, conversas e discussões, conhecimento é o que Cristal procura. Descobriu-se na beira do mundo, olhando a tudo, menos a si mesmo. Ficou encantada em saber que se pode buscar uma prova coerente de tudo e ao mesmo tempo derrubar a prova feita a poucos minutos – minutos para Cristal pode ser anos – ficou também intrigada ao saber que existem teses defendidas do qual não se pode provar nada – Cristal se encantou por ela – Cristal esta cada vez mais perdida. Contaram a ela que para se dizer algo com coerência se necessita saber a raiz de todas as palavras. Ela “achou” então que deveria ficar de boca calada. Ficou assim por algum tempo.

Marcinha Luna
noite de primavera 2008

23 de nov. de 2008

O mundo é...e eu estou...

O mundo é tudo o que é caso!
Estou aqui pendurado no seu limite,
A morte não é vivida,
Não sei quando vou despencar.
Quando cair não sei o que vai acontecer...
Sei que existe a vida, estou sentindo.
Será que estou também no meu limite?
Pendurado aqui vejo a tudo que é,
O que não vejo apenas sinto e assim
Sentindo não posso dizer...
Do que não é, tenho medo.
Não sei se sou feliz,
Estou vendo tudo tudo,
Mas não sei se isso traz felicidade.
Tristeza? Também não consigo dizer!
O mundo é a totalidade das coisas,
Estou em minha totalidade,
Sou o meu mundo

E pendurado nele estou!

Marcinha Luna - Primavera de 2008



13 de nov. de 2008

Aprendendo

Aprendemos
Com o tempo,
Com a Luz do Sol,
Com a Luz da Lua,
Com a arvore que se coloca
No campo, como uma mágica.
Com a agua da chuva
Que corre molha os campos.
Com o vento
Que limpa a terra e carrega
As folhas secas.
Com o fogo
Que aquece, queima...
Aprendemos com perguntas
A qual muitas vezes não
Obtemos respostas plausíveis
Quem somos, se é que somos?
Perguntamos sobre o que
Sentimos, se é que sentimos.
Aprendemos com as pessoas, cada uma
Com sua diferença, ou melhor,
Com sua essência, com suas ações
Particularmente diferente...
Aprendemos a todo tempo
E a todo momento!
Momento?Tempo?


Marcinha Luna
Verão de 2006

10 de nov. de 2008

Perguntas sem nexo...?

Mas porque?
Porque nascemos?
Porque vivemos?
De onde viemos?
Quem da a vida, é Deus?
Mas porque a tira?
Para onde vamos?
Nem mesmo mais sábio dos homens
Consegue responder...Alias não há mais sabios.
E fica no ar um sentimento estranho,
Uma pergunta que não quer calar-se,
Mas porque?
Por que o tempo se divide
Quando na verdade não divide.
Que raios vamos aprender?
Como vamos tirar o véu de tudo?
O que é tudo?
Como vamos descobrir?
O que é essencia de tudo que há?
É a agua? Como provar?
Alias tudo há?
Por Zeus, por que se perguntar

Por tantas coisas sem saber que és?

Marcinha Luna
Tarde de primavera 2008

6 de nov. de 2008

O mundo da vida

O mundo da vida!
Invisível

Colorida
Sensível...
O mundo da vida!
Meu e de tudo
De tudo e meu
Nada meu...
O mundo da vida!
Guarda
Solta
Consome...
O mundo da vida!
Essência
Descolorida
Desaparecida!

Marcinha Luna
Tarde de primavera 2008

3 de nov. de 2008

Como estou...

Cansada!
Assim estou.
Muitas coisas a pensar e fazer
E minha cabeça vazia.
Farta de tantas coisas absurdas!
Farta de tantos pensamentos brutos!
Em meus pensamentos só dominam
Coisas infrutíferas.
Não consigo me manter firme
Estou como a água do mar, inconstante!
Estou como o vento, passou e nada ficou!
Estou como o fogo que se apagou, e nem fumaça deixou!
Estou como a terra em terremoto, nenhum pensamento em pé!
Confusão! Desordem! Estas viraram palavras de ordem!
A ética esta longe de mim, a moral nem sei por onde esta!
Perplexo assim estou!
Sinto ausência de tudo que há, se é que algo há!
Calo-me!Inefável!
Marcinha Luna
Tarde de primavera de 2008.

28 de out. de 2008

Busca...

Era manhã. A Lua tinha desaparecido do céu e o Sol já despertava com seus raios quentes quando, como de costume, Cristal se levantou. E, como de costume, pensava: “mais um dia para novas descobertas”. Foi lavar o rosto para o café da manhã. Quando a água tocou seu rosto sentiu algo diferente: desabrochou em si a vontade de perguntar qual a razão de tudo o que há.
E, como num passe de mágica, ouviu uma voz. Primeiramente não conseguia identificar de onde veio, nem se era de homem e mulher, enfim não era possível definir ou visualizar.
A voz dizia ser a água o elemento existente e primordial de tudo que há. A voz dizia para que Cristal prestasse atenção a sua volta, tudo continha água. Até mesmo o sentimento que fez com que despertasse a pergunta tinha o elemento água.
- A terra flutua sobre a água. A água sustenta a vida, faz surgir à natureza, faz aparecer a mais bela flor, a mais alta árvore...
E Cristal sem acreditar no que ouvia indagou:
- Mas como pode ser água...?
E sem nem mesmo terminar a pergunta, a voz a interrompeu:
- Use a criatividade e viaje. Da água viemos, ela é o principio primordial. Ande Cristal, viaje.
Cristal então tentou “viajar”, mas sem sucesso. Pensou que estava dormindo ainda, e resolveu tomar banho para ver se acordava. Quando entrou embaixo da água, sentiu novamente algo diferente. Começou a ver a natureza, escutar o barulho do mar e então começou a “pensar” ou quem sabe “viajar”. Consequentemente, começou a ver coisas estranhas. Via nitidamente um deserto, olhou para os lados e só conseguia ver areia, só conseguia sentir calor, e não tinha ninguém perto de si. Estava completamente só. O calor começou a fazer com que o sentimento de desespero e um cansaço inalcançável tomassem conta de si, onde a solidão dominou seus mais profundos membros.
O calor só aumentava. Não havia vida alguma. A areia do deserto estava muito quente e adiante parecia ser espelhos, pareciam grãos de ouro, brilhavam e brilhavam quentes muito quentes.
Cristal sentia medo, que estava perto do fim. Por fim, pensou: “acordei pensando em novas descobertas e queria saber qual a razão de tudo o que há e, agora aqui estou, desfalecendo sem nem saber como aqui vim parar.”.
Desejava naquele momento ao menos um jarro de água. De repente Cristal se lembrou: “água, sim, esta é a razão primordial.”.
Olhou para um lado e para o outro, nada de vida, nada de natureza, nada de nada. E pensou como sair daquela situação, parecia estar preso. O calor só aumentava e nada de conseguir resolver como sair dali.
Foi quando ouviu um sussurro:
- Criatividade! Emoção! Busque-os dentro de ti. Use-os.
Fraqueza, palidez e o medo exacerbado tomavam conta de Cristal. Não conseguia pensar em nada, não conseguia sequer mais andar. Olhou para o Sol, ele escurecia. Era como se uma sombra fosse na direção do Sol. Parecia ser um eclipse. O calor estava dando uma trégua, mas ainda se sentia tomado pela fraqueza, porém completamente entregue. De repente, a voz, a mesma que tinha lhe colocado naquela situação, sussurrou ao seu ouvido:
- Criatividade!
Tudo ficou escuro, percebeu que a Lua tinha escondido o Sol, como se a Lua tivesse abraçado o Sol. Então resolvera “viajar”, fechando os olhos, deixando que o pensar fizesse sua vontade.

Passaram-se alguns instantes e, quando abriu os olhos, ficou anestesiado, afásico com o que estava vendo, simplesmente estava sentado à mesa da cozinha de sua casa tomando café da manhã, segurando em sua mão um copo de água. Ao olhar pela janela, em meio aos passarinhos cantando, seu olhar “viajou” através das árvores e, no horizonte viu o exato momento em que o Sol ficou completamente coberto pela Lua, e sentiu o exato momento do beijo entre eles.

Marcinha Luna
Manhã de primavera de 2008.

23 de out. de 2008

Lançado no Mundo!

Fui lançado, colocado no mundo.
Faço parte dele e ele de mim.
Não fui consultado, não escolhi o mundo
E parece-me que ele também não me escolheu.
Não encontro ninguém que possa me responder
Para que estou aqui?
O que é que eu faço?
Para que vivo?
Estou admirado, confuso e desordenado
Estou afásico, não sei o que digo,
Nem o que escrevo, não sei se penso,
Mas sei que vivo, sei que nasci,
Sei que cresço e sei que vou também
Um dia deixar de existir
Tenho consciência disso,
Mas não sei se isso é tudo.
Estou admirado de como é o mundo,
Não sei se ele tem consciência e se admira também.
Não consigo perceber se estou preparado para essa aventura
Tenho apenas consciência da minha vida,
Parece que o mais importante do viver
Talvez seja alcançar a tal consciência
Quero descobrir com calma cada coisa
Antes de minha essência desaparecer...


Marcinha Luna
Verão de 2006

21 de out. de 2008

Não Sei!

Não consigo de nada saber
Procuro mas nada encontro.
Existe algo que me bloqueia
O que é?
Não sei.

O calor eu sinto
Vejo a água da chuva
Sendo levada adiante pelo vento
Molhando assim toda a terra.
Como acontece?
Não sei.

Ando perdida
Olho a luz do Sol
E não me encontro
Nada encontro.
Olho a água que corre
No rio
Fixo meu olhar, me vejo,
Mas não me encontro.
Sinto o vento que bate em
Meu rosto, por vezes gélido
Por outras picante
Nada encontro
Sei que a terra me sustenta
Sinto a sólida, sinto os
Pés no chão.
Mas me sinto ainda tremula.
Porque?!
Não sei.

Ando só
Nada me acrescenta mais
Nada me deixa em êxtase
Nada me convence.
Vejo uma nevoa,
Algo esta escuro
na minha frente.
Porque?
Não sei

Procuro
Por algo?
O que?
Não sei.

Marcinha Luna
Manhã de primavera 2008

15 de out. de 2008

Admiração...

A cada dia que passa
Me admiro ainda mais
Com tudo o que passa a frente do meu ser...
Quantas coisas a aprender...
Nossa! Fico impressionada
Entender a todos usando o coração,
Ao mesmo tempo tendo em vista a razão....
Cada pessoa com um modo especial de ser,
De pensar, de agir, de falar e de sentir...
O mundo externo de mim
Entender os fenômenos da terra
Saber sobre o sol, sobre a lua, sobre a chuva...
Volto então para mim
Me olho no espelho, este reflete apenas
O meu ser material, mesmo assim percebo
Que necessito primeiramente entender de mim
“Conhecer a mim mesmo”
Saber compreender “que nada sei”
Talvez seja esta a dificuldade
Ser sábio o suficiente para entender
Que na verdade nada se sabe.
Nossa! Quantas coisas em meu ser
Quanta coisa consiste em apenas viver!!

Marcinha Luna
Noite de outono 2006

30 de set. de 2008

Viver?!

E então, qual a razão de viver?!
Depois de vivido nove longos meses,
Como se tivesse escondido de algo,
Não da mais para adiar,
E se vem a tona mais um ser...
E então crescendo se vai,
Aprende a andar, a balbuciar
Algumas palavras...
Enfim consegue expressar
Todos seus sentires...
Pobre Ser, pensa que a tudo descobriu!
Triste Fica quando percebe que nada Sabe!
Começa a procurar então
Uma razão lógica para tudo o que já aconteceu...
Aprende outros ofícios e que se faz necessário
Trabalhar para a vida ser levada adiante...
Muitos encontram na arte algo que o satisfaz
Encontram nela respostas que o modo de
Comunicação usado não consegue dizer...
Emociona-se, encontra-se em total êxtase,
Por alguns momentos parece ter encontrado
Respostas para o que lhe aflige o coração,
Mas quando descansa, olha para o teto do quarto
E vê e entende que não era essa a razão...
A vida então segue seu fluxo, e o dia-a-dia
Nos leva a esquecer o que procuramos aqui...
Segue-se a vida, descobrindo outras coisas
Entre elas o talento, o amor e muitas outras
Novidades que vão preenchendo um vazio...
Por vezes achamos que encontramos a resposta...
Mas não, ficamos tristes ao perceber que não
Era a resposta e se era não nos deixou satisfeito...
Mas a algo que chamamos de tempo passa e passa...
E não se encontra a resposta, mas esta pergunta
Que fica escondida, por vezes parece nos sensibilizar,
Nos deixa exaustos e a o que chamamos de idade,
Só avança, e muitas vezes, mesmo passando por
Momentos felizes, muitas repostas ficam no ar...
O que chamamos de tempo continua a passar, e
Se descobre que existem nessa vida alem de alegrias
Amor, o Sol, o Céu azul para admirarmos,
Existe também alguns males...Ah! males...
Que nos leva a ficar mais uma vez a se perguntar
Qual será a razão de viver?!
E bate então um aflição, parece que tudo vai ficando
Para traz e para traz...longe e mais longe...
Os olhos se fecham e sentimos que não mais abriram...
O que não se sabia qual era a razão acaba de se esvair,
A vida se vai...mas surge uma nova pergunta aos que aqui ficam:
Que vem a ser a Morte?!
Tal coisa que fecha os olhos de quem amamos
Sem nem perguntar se pode ou não,
Se é tempo ou não...
Ficamos aqui deste lado, pois talvez a morte seja outro,
Com mais uma pergunta, mais uma aflição,
Alem daquela que já tínhamos adquirido como passar
Do que chamamos de tempo
A pergunta que nos acompanhava sempre
Qual a razão de viver?! Fica imóvel ao nascer em nosso
Intimo uma nova pergunta
Qual a razão de morrer?!
Será que é viver?! Viver para morrer?!
Morrer para uma nova vida?!
Nessa viagem atrás de respostas e não
Vemos o que chamamos de tempo passar...
Mas vemos quem amamos ou somente
Admiramos partir...e ficamos aqui repletos de
Indagações e sem nada podermos fazer...

Paz, luz e harmonia!

Marcinha Luna
Inverno de 2006

20 de set. de 2008

Sabia Lua!

Oh! Sábia Lua...Ajude-me a perceber os meus problemas, com mais clareza
Que eu possa reconhecer melhor meu caminho,
Eliminando dele todo o mal...
Limpe dos meus sentimentos as mágoas,
As tristezas, as incertezas, meus medos...
Tire do meu corpo físico,
Todo o cansaço, minhas dores...
Enfim para viver e reconhecer o meu caminho
Peço-lhe Sabedoria!
Que assim seja...
Paz, luz e harmonia!
Marcinha Luna

15 de set. de 2008

...

Queria eu que nada sou
Apenas espero ser
Conhecer as facetas de todos
Conhecer o que há por traz calor
Será somente o sol?
Queria saber onde se esconde cada ser
O que realmente é, se é e como é!
Porque olhamos o mundo e não sabemos
O que na verdade ele é
Parece ser grande, mas
De repente Pequeno como grão de feijão.
E nós? O que somos? Será que somos?
Pequenos ou grandes?
Cada um penso eu, que esconde
Sua verdade, identidade.
Sua bondade, sua maldade.
Mas o que é verdade?
Cadê a identidade de tudo isso?
Nem eu mesmo sei.
Espero que com o tempo descobrirei!
Mas e o tempo? Será que saberei?

Marcinha Luna – final de inverno de 2008

31 de ago. de 2008

Sonho

Ouço por um chamado
Mas não identifico
De onde vem...
Fico em meus sonhos
Sou um sonho
Sou um sonhador.
Olho as estrelas, sonho.
Vejo a Lua, sou então um sonhador.
O dia nasce, o Sol brilha
Me aquece, ainda escuto um chamado
Mas continuo apenas a sonhar.
A tarde vem e a chuva cai,
Molha a terra, o verde se alegra
Continuo a sonhar...
O vento frio sopra,
As folhas das arvores
Chacoalham em festa
E voam dançando pelo ar
Elas se vão, parecem algo buscar
E eu continuo a sonhar...
A Lua novamente surge
Linda e brilhante
Um pouco menor que antes
Continua acompanhada das estrelas...
E eu continuo aqui a sonhar
Ouvindo o chamado, o chamado
Da vida, a vida é um sonho...
sou um sonho, sou um sonhador!

Marcinha Luna
Manhã de inverno de 2008
Paz, luz e harmonia!

24 de ago. de 2008

Oh! Amor

Oh! O amor...
Como pode algo sem cor nem sabor
Encher o nosso ser e nos levar as estrelas...
Como pode o coração sentir algo que não vemos...
Mas que química é esta?
Que nos deixa a ficar como loucos
No mundo, sem ter consciência de nada
Consegue nos fazer ficarmos humildes
E ser como crianças, sem contar
O tempo e sem perceber o espaço
Ah! Como é bom perder
A noção de tudo o que há!
Ah! Amor...
Que enche a minha vida de perfume,
Me deixa nas nuvens feito um balão
Em um dia de pouco vento
Pairando no céu a contemplar
Tudo tudo o que há...
Perco a noção de mim
Tenho a penas consciência de que
És tu que me deixa assim...
Como obter respostas?
Delirando de tanto amor?
Acho que não, uma vez que
Me encontrei neste delírio
Vagando por sonhos e pensamentos
Procurando um meio de encontrar-me...
Quando o amor me invade
Fico desconcentrada, sonho acordada
Ah! Amor....


Marcinha Luna
inverno de 2006

17 de ago. de 2008

Turbilhão de emoção


Um dia magico...

Saturno acorda de bom humor,cansado, porém feliz

pressente que o dia será quente

Turbilhão de emoção...

o Sol brilha no signo de Leão...

a Noite vem, brilhante e bela...

no céu as estrelas acompanham a Lua

que passeia pelo signo de aquario a

caminho do signo de peixes...

turbilhão de emoção...

De repente o Sol se encontra com a Lua

e com ela se cruza, abraça-a e beija

selando assim uma união...

Fica afasica...o Sol se vai...

a Lua fica...

turbilhão de emoção...

a noite segue, brilhante

perfumando a vida de todos

iluminando os caminhos escuros...

é momento de agradecer

pelos frutos semeados,

agradecer por que foram regados

pelo calor do Sol,

pelo brilho da Lua,

pelo orvalho e pela chuva,

pelo vento que passou pela terra,

terra esta que hospedou sementes...

turbilhão de emoção...os frutos são colhidos...

turbilhão de emoção!
Marcinha Luna - inverno de 2008

8 de ago. de 2008

Perguntas sem respostas!

Ah! Muitas são as perguntas que procuro obter respostas!
Será que sou? E se sou...
Qual será minha razão de ser?
Quero ter consciência do menor
Detalhe que há, sinto que há...
Quero conhecer tudo
Mas e a vida, ela é curta?
Ou será que nós é que a encurtamos?
A minha será longa ou curta?
E a sua? Já parou para pensar?
Porque nós, somos tão diferentes
Porem iguais?
Diferentes em idade, raça ou cor,
Tamanhos e sentimentos
Mas iguais fisicamente
Perante a ciência.
Queria muito saber de tudo!
Mas a vida me soa curta
Será que tenho outra oportunidade
De vir aqui e conhecer ainda mais?
Não sei se sim ou se não.
Me parece que não tenho comigo
Memórias de outras vidas.
Ou será que tenho e não tenho consciência.
Nossa! Quantos mistérios!
Mistérios estes que somente o tempo,
Tempo este que não sabemos contar
É que possa talvez nos responder.
Responder a mim questões
Que guardo dentro de mim.

Marcinha Luna - inverno de 2008




24 de jul. de 2008

Misterio do Céu


Oh! Céu
Quanto mistério possui!
Por vezes com nuvens, por vezes sem...
Por horas azul, por horas escuros
E então a chuva vem, depois de sua passagem
Fica tudo mais colorido
Com a presença do arco-íris...
Chega depois o Sol, com sua forte energia,
Energia esta que me embriaga,
Esta que me faz perceber
Que sou e estou...
Ele então se retira
Da lugar a Lua..
Ah! Lua..
Esta que me faz apaixonada
Sua energia fria, me engrandece
Me faz querer noite até quando é dia...
Ah! Essa luz prata que me contagia
Me faz parecer criança
Na floresta encantada...
Ah! Queria ser uma estrela.
Pois assim estaria junto a ti
Todo o tempo, e estaria sempre
A bilhar junto a ti...
Horas te sinto como uma mãe,
Horas como uma amiga
Por vezes minha namorada...
Oh! Lua só tu a me entender..
Perceber meu verdadeiro amor
Verdadeiros sentimentos que possuo
Palavras estas eternas, porem poucas
Pois muitos são os adjetivos
Que será necessário inventar...
Quando minha essência deixar de existir
Vou deixar relatado aqui explicitamente
O meu pedido
“Me leve junto a ti oh! Amada Lua...”.
Agradeço aos céus por você existir.

Marcinha Luna
Outono de 2006

18 de jul. de 2008

Procurando Magia

Era madrugada de verão quando esta garota veio ao mundo. Como todas as outras, rodeada de muito carinho e amor. Sem nada lhe faltar, ela cresceu.
Cresceu, e com ela também o que cresce com todas as outras (digo outras referindo-me pessoas): a vontade de ser algo, ter algo, ou seja a procura por algo que lhe faltava. Algo mágico, iluminado.
Dentro de si identificou o que procurava e deu a tal coisa o nome de Magia.
Sentia que existia uma magia, até mesmo a via. Mas cadê? Onde procurar?
Freqüentou lugares, cursos, igrejas, parques. Encontrou apenas pessoas como ela.
Sua sede somente aumentou. Até que um dia não pode mais freqüentar ou buscar por nada, o motivo não importa.
Sentiu então que estava só. Sentiu-se derrotada, afinal em sua busca nada encontrou. Apenas conheceu pessoas. Boas e não boas.
Foi então em um dia de inverno, quando não existe folhas e as árvores nuas estão, que conseguiu encontrar o que procurava, estava tão perto e talvez por isso não encontrava. Longe foi buscar o que perto se encontrava.
Encontrou dentro de si a Magia. Tudo estava dentro de seu coração. Desde o seu nascimento passaram se décadas e somente agora, depois de muito procurar encontrou ali, muito perto. Tão perto que estava colado, impregnado. Para sua surpresa, a Magia estava no seu coração, na visão, no seu tato, no seu paladar, ou seja, a Magia era simplesmente o fato de ter vindo em uma madrugada de verão, era simplesmente o fato de ser, sentir, ver o luar.
Sua busca foi em vão?
Não, pois toda busca tem um porquê. O porquê desta foi conhecer, afinal conheceu, coisas e pessoas.
O que você busca agora?
Ela com certeza está buscando. Buscando o quê? O porquê da vida. Afinal ela ainda vive.
Descubra que viver é a magia de buscar!

Por Marcinha Luna
Tarde de inverno de 2008