7 de abr. de 2009

Tudo indeterminado

Ontem a noite olhei para o Céu. Vi o quanto ele é indeterminado. Há tempos atrás olhei para a mesma Lua, que como ontem quase cheia, crescendo determinada, era de um tom alaranjado, reflexo do sol claro, mas ontem estava azul, será o reflexo do mar? Nada mais esta claro. Eu diria indeterminado! Ah! Sim, não cai no buraco não, mas estava a olhar o Céu.

Hoje o Sol nasceu completamente novo, entre as nuvens. Que o sol nascerá novamente amanhã esta claro e determinado. Que eu o verei, indeterminado! Que estará no Céu, determinado, mas visível indeterminado, e se uma nuvem o cobrir? Nem mesmo você o verá.

Sei de mim, estou aqui, determinado. Não sei o que quero aqui, indeterminado. Que sei o que sinto agora? Indeterminado! Amor, paixão, angustia talvez, mas indeterminado! Se quero dormir ou apreciar as letras, indeterminado. Minha obrigação esta determinada: apreciar as letras e não apenas dormir. Qual opção vou tomar, indeterminado. O caminho do bem, determinado. E tudo a minha volta sussurra indeterminado, descolado, ausente, insuficiente, quente, frio, úmido, seco, invisível, ilegível, infinito...

Não sou mais o mesmo de minutos passados.

Marcinha Luna
Inspiração em Lunes
Lua Cheia do outono de 2009