14 de ago. de 2009

Agora, sou grande e nada Sou

Desde o passado, mais precisamente ontem, decidi não mais me apequenar frete a coisa alguma. Decidi que quero ser grande e nada ser. Não mais serei menor e nada serei. Agora e neste instante, que não sei quanto tempo dura, vou ser maior e nada vou ser. Sou, agora, maior frente as minhas dificuldades e diferenças com relação aos outros que são. Não sou, na medida que não entendo muitas outras coisas.

Deixarei minha “pequinês” de lado frente aos que nada são. Achando tudo complicado? A mim não parece ser assim. Pois somos diferentes quando pensamos, e nada somos ao certo. O que sei, com precisão, é que me apequenava frente aos monstros que me assombravam.

- Acorde, pequenina menina! Monstros não existem, não são! Pare de se apavorar com coisas que nada são!

Essas palavras ecoavam a tempos dentro de mim, mas meus ouvidos, orgulhosos, não queriam nem ao menos saber o que era o som murmurado. Foi quando eu, sendo o que sou agora, escutei o murmurar e lhe dei certa atenção. Me coloquei a pensar e vi, dentro de mim, algo que não tinha percebido. Trocando em miúdos, fazendo-me por ser entendida, ai vai:

Pense no morango! Belo e repleto de “eus” (sementes) tão minúsculos e que nada são. E quando num futuro muito breve, suas sementes, tão pequenas, tudo passa a ser. Passa a ser o fruto doce-amargo, vermelho, repleto de sementes ("eus") imperceptíveis que frutos breve serão e também, logo deixarão de ser.

Nossa! Como meus devaneios se complicam com o passar do tempo. Monstros aparecem e deixam de ser; eu, grande, nada sou...

È hora de mudar!
Chega!
Deixo de me apequenar

Diante de todas as coisas...
Sou um gigante...
Nada sou...

Luna Alcântara
inverno de 2009