10 de jun. de 2009

Autêntico

Exatos sete dias se passaram
De quando me dei ao luxo de ser autêntico!
Não sei se pagarei no futuro por esta decisão.
Também não me importa neste momento saber disso!
De fato experimentei a autenticidade.
Fiz o que pensei e usei minha ética.
Perfeito!
Ao mesmo tempo
Doloroso!
O sentimento?
Indescritível!
Perfurado?
Não, eu não senti nada!
O que sinto agora?
Arrependimento!
De ter sido autentico?
Não, de ter durado apenas
Alguns míseros minutos!
E agora?
Não sei, mas entendo que o Luxo se foi.
Como me sinto agora?
Novamente um Inautêntico.

Marcinha Luna
Outono de 2009
Manhã Chuvosa

21 de mai. de 2009

Inautêntico

Confesso que esta noite não dormi.
A noite passada me foi serena.
Repleta da surpresas
Das quais apenas posso dizer,
E colocar no vento a palavra “inefável”.
Sim, eu a ouvi ontem.
Mas não consegui compreender o 
por que meus olhos se recusavam a fechar.
Meu ser foi então perfurado.
Em um momento pensei que tivesse
Sido consumido... Mas não fui,
O dia raiou, e aqui estou.
Então não fui contemplado
Com a morte. Ainda vivo!
E este não era o desejo.
Gostaria que tivesse sido
Consumido, consumido.
Não quero passar por coisas
Das quais estou passando!
Talvez eu precise de alguém
Que me console.
Aliás, penso que isso
Na verdade é uma quase certeza.
Preciso urgente me encontrar
Com um ser, uma alma, Boécio.
Ele sabe quem pode me consolar
Uma vez me parece que nunca,
Serei e nem poderei ser consumido.
Não posso neste mundo maldito
Ser contemplado, desdobrado em
Minha totalidade. Qual o meu castigo?
Viver para sempre como um ser
Inautêntico!

Marcinha Luna
Outono de 2009

15 de mai. de 2009

Jogo poesia...

E agora, o que faço eu?

Amo-te, mas tu não me entendes.

Quero amar-te, mas minha linguagem,

Você não entende.

Estou só. Eu e minha linguagem

Única, poética, romântica!

E agora, o que faço eu?

Sozinha, a falar com o vento, com a chuva.

Sei me comunicar, mas não sei jogar.

Jogar o seu jogo esta complicado.

Assim como você também não

Sabes jogar o meu jogo!

Maldita Linguagem!

Eu e você sempre tão juntos

Mas ao mesmo tempo, distantes!

Estamos jogando jogos diferentes

Gostaria que você jogasse o meu jogo.

Mas eu não estou disposta a saber as

Regras do seu jogo!

E agora, o que faço eu?

Decidi que vou jogar só,

Vou jogar o meu jogo.

Vou só.

Sei que meus sentimentos a mim entendem!

Eu vejo as cores e sei que brilham.

Você enxerga tudo em preto e branco.

És cego! Não entende nem mesmo o jogo que jogas!

E agora, o que faço eu?

Vou ouvir minha musica,

Voar pelo ar que a mim pertence.

Não quero rivais para jogar.

Quero ficar aqui, só.

Poética e romântica.

Vivendo na fantasia

A minha forma de vida!

É agora, eu decidi, assim faço eu!

Marcinha Luna

Tarde chuvosa de outono 2009

7 de mai. de 2009

Cadê Você...Morreu ou nunca existiu?

Ainda não compreendi muitas coisas.

E pretendo sim compreendê-las

Sei que o meu ser deve ser aberto

Mas ao ouvir uma musica

Meu ser aberto foi ainda perfurado

E ainda não conseguiu ser recuperado.

Continua dilacerado, sem entender o porquê das coisas.

Quando pequeno fui instruído

A acreditar em algo que não via

E hoje depois de crescido

Meu ser não conseguiu ainda ver

E o pior é que agora, também depois de crescido

Não esta mais conseguindo

Nem mesmo crer.

E agora? Como devo agir?

Chorar, esbravejar pedir para Te ver?

Continuar a crer em Você?

Não, eu não posso compartilhar a dor alheia,

Acreditando que Você possa existir.

E não esta sendo fácil para mim

Conversar agora com Você,

Sem ao menos acreditar que o som

De meu pensamento estas ouvindo,

Sem ao menos saber se Você vê

Que agora me encontro

Com lagrimas nos olhos.

Chorando neste momento uma dor que não é minha.

Chorando neste momento também a minha dor!

Marcinha Luna

Outono de 2009

Chuva no Norte e Nordeste

30 de abr. de 2009

Lugar

O Céu é somente por que eu sou!
Todas as coisas são em mim
Elas só são por que sou!
Redundante e contagiante!
Tu existes para mim e em mim.
E somente para mim tu és
Assim penso eu.
Iludo-me pois tu é o lugar
Onde as outras coisas também são.
E tu não és somente para mim.
Tu és espaço para todas as outras coisas.
Sinto que meu lugar em você é pequeno
Um espaço insignificante em sua rotina
Que considero maçante!
Não esqueças que eu sou o seu lugar.
Mesmo que você não tenha um lugar para mim.

Sinto me só. Vazia e repleta de lacunas!
Repleta de perguntas sem resposta alguma.
Perfurada, onde remendos não podem tampar.
E assim continuo, me curo.
E novamente de perfuro.
Mas sou como uma fenix
Vermelha cor da paixão.
O que me diz você sobre paixão?
O que me diz sobre desejo?
Precisa me responder.
Afinal tu és lugar onde as todas coisas são!

Marcinha Luna
Outono de 2009

26 de abr. de 2009

Desejo, possível alcançar?

O que é o desejo? O que é desejar?
Parei para sentir, Tentei refletir,
Não consegui encontrar.
Mas em um momento a pensar
Consegui sentir, visualizar.

A tudo eu desejo
Desejo a você,
A outrem também desejo!
Coisas materiais a meu bel-prazer.

Mas percebi
Desejar e conseguir
É deixar de desejar.

A tudo quero conseguir.
A tudo preciso desejar.
Quero tudo alcançar.

E quando tudo alcançar
Talvez eu deixe de existir.
Resolvi então desistir de ti!
E para sempre a ti vou desejar!
Vou viajar
Tentar te encontrar
Mas não quero te tocar
Quero somente a ti desejar!

Marcinha Luna
Outono de 2009

22 de abr. de 2009

Mãe Terra


Minha Mãe Terra...
De ti eu vim e a ti eu voltarei
Feliz e sempre a contemplar vossa beleza.

Coloco minha mão em vosso coração
Sinto-a chorar.
Meu coração fica triste,
Meus olhos se enchem de água,
Não sinto mais seu perfume
O vento gélido deixa pálido meu rosto.

Coloco minha mão em vosso coração
Sinto-a rir.
Meu coração se enche de alegria
Em meus olhos transborda a felicidade
Sinto seu perfume, enxergo suas cores.
O vento caloroso deixa rosado meu rosto.

Sinto as flores, as árvores, o orvalho, o vento..
Vejo-a de cores possuída
Assim quero senti-la, assim quero desejá-la.
Quero amá-la. Assim quero que me possua.

Minha Mãe Terra...
De ti eu vim e a ti eu voltarei
Feliz e sempre a contemplar vossa beleza.

Marcinha Luna
Outono de 2009
Dia da Universal da Terra